Geral
Museu vai restaurar mapas e cadernetas de campo do tempo da colonização
O Museu ao Ar Livre Princesa Isabel (Malpi), de Orleans, está restaurando 75 mapas e 25 cadernetas de campo datados de meados do século 19, da formação da Colônia Grão-Pará. O projeto, aprovado no edital do prêmio Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura 2023, contribuirá com a preservação dos documentos para viabilização de futuras pesquisas.
A área correspondente à Colônia é de, atualmente, 10 municípios da região Sul do estado de Santa Catarina, e o acervo faz parte de uma série de documentações pertencentes ao Centro de Documentação Histórica Plinio Benício (CEDOHI), do Museu ao Ar Livre Princesa Isabel e da Fundação Educacional Barriga Verde (Febave), mantenedora do Unibave.
O projeto “Entre mapas e cadernetas de campo: história, preservação e difusão de acervos históricos do Museu ao Ar Livre Princesa Isabel”, conforme a diretora do Museu, Valdirene Böger Dorigon, colabora com a preservação de parte da história da imigração. Um dos exemplos, é o mapa da comunidade do Rio dos Pinheiros. O local foi um dos principais núcleos coloniais, com a chegada dos imigrantes europeus em 1882.
Boa parte dos mapas já foi recuperado e, agora, a equipe vem trabalhando nas cadernetas. A diretora frisa que o acervo se constitui um dos mais importantes centros de documentação de pesquisa histórica de Santa Catarina sobre a colonização europeia da região. “Aqui, há várias tipologias de documentos. São documentos de grande interesse histórico, com registros desde a implantação da Colônia Grão-Pará com a demarcação iniciada em 1875, lista de imigrantes, títulos de propriedade, censos dos moradores, documentos relacionados às questões administrativas da empresa e da vida cotidiana na colônia, até os registros de venda de terras de 1980”, comentou Valdirene.
O projeto ainda prevê uma palestra gratuita envolvendo os 10 municípios de abrangência da antiga Colônia Grão-Pará. “Entre mapas e cadernetas de campo” é um projeto aprovado na categoria Patrimônio e Paisagem Cultural: Museus e está sendo realizado com recursos do Governo do Estado de Santa Catarina, pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC), por meio do Prêmio Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura da Edição 2023.
Sobre a Colônia
A Colônia Grão-Pará é resultado do Dote de casamento da Princesa Isabel com o Conde D´Eu, que recebeu de seus pais, o Imperador Dom Pedro II e a Imperatriz Teresa Cristina. Em Santa Catarina, foi realizado o tombamento topográfico de 12 léguas de terra na região do Vale do Rio Tubarão. Para colonizar as terras, os Condes fizeram contrato com o Comendador Caetano Pinto Júnior, responsável por dividir as terras em lotes e colonizá-las, com nacionais e estrangeiros.
Para isso, formaram a Empresa Colonizadora Grão-Pará, dando início às demarcações em 1875, o que originou a Colônia Grão-Pará. Várias propagandas sobre a Colônia foram realizadas na Europa no intuito de atrair imigrantes europeus. A colônia foi inaugurada em 2 de dezembro de 1882, quando iniciou a venda de lotes coloniais aos colonos nacionais e imigrantes europeus. Portugueses, italianos, austríacos, alemães, poloneses, franceses, letos, ingleses, russos, holandeses, belgas, entre outras nacionalidades, adquiriram terras nesta colônia.
Ao total, foram 12 léguas demarcadas, que formaram parte dos atuais municípios no sul catarinense: Orleans, Grão-Pará, Rio Fortuna, Santa Rosa, Armazém, Braço do Norte, São Ludgero, São Martinho, Pedras Grandes e Lauro Müller.
Documentos
Os documentos produzidos ficaram por muitos anos esquecidos em um porão, descobertos na década de 60 pelo pesquisador e incentivador da cultura na região, padre João Leonir Dall’Alba, fundador do Unibave e do Museu ao Ar Livre. Calcula-se que, aproximadamente, 200 mil documentos estão disponíveis no acervo documental do CEDOHI, instalado na Casa de Pedra, do Museu ao Ar Livre.
Conforme o museólogo Idemar Ghizzo, muitos dos documentos encontrados no porão da antiga sede da Empresa Colonizadora Grão-Pará estavam em estado avançado de degradação. “Muitos documentos estão danificados, o uso de tintas ácidas e papéis de baixa qualidade impossibilita seu manuseio”, relata Idemar. Segundo ele, a iniciativa, por meio dos recursos do Prêmio Elisabete Anderle, é fundamental para possibilitar a aquisição de serviços e materiais para a preservação. “São documentos com mais de 149 anos de existência que necessitam de atenção para deixá-los acessíveis ao público”, explicou.
Muitas pesquisas foram realizadas nos acervos documentais e continuam sendo concretizadas. O próprio padre João publicou vários livros, assim como outros autores, utilizando como fonte os documentos da Colônia Grão-Pará.
Geral
Crianças e adolescentes da Casa Guido se preparam para a Festa de Natal
Evento, que acontece no próximo dia 13, conta com a colaboração de doações para a sua realização
As crianças e adolescentes que são atendidos na Casa Guido estão em contagem regressiva para a Festa de Natal, que irá acontecer no próximo dia 13 deste mês. O dia será inesquecível, não só para os pacientes como também para todos os familiares que estarão celebrando esta data tão especial.
A festa, que é sempre promovida pela instituição, neste ano conta com o apoio de doações para a sua realização, visto que todas as cartinhas para o Papai Noel já foram adotadas por padrinhos e madrinhas. Aqueles que puderem contribuir para ajudar com o custeio da festa, que deverá encantar os pacientes e familiares, podem doar através do pix: 12.927.890/0001-60.
A programação irá contar com um almoço delicioso, quitutes, brincadeiras, diversas atividades e, claro, com a presença do Papai Noel que entregará os presentes que foram pedidos carinhosamente em cada cartinha. “”Estamos muito felizes e já ansiosos por este dia. Deixamos nosso agradecimento especial a todos os apoiadores, funcionários, voluntários e doadores da Casa Guido, pois graças ao empenho, amor, dedicação, empatia e confiança de cada um é que momentos especiais podem se concretizar”, enfatiza a voluntária Luciane Sangaletti, que está à frente da organização do evento.
Geral
Unesc dá boas-vindas há mais 119 estudantes chilenos
Com música, abraços e muito carinho, estudantes chilenos foram recepcionados nesta segunda-feira (2/12) na Unesc. Eles fazem parte da segunda comitiva do país que vem à Universidade para aprofundar os conhecimentos sobre o Sistema Único de Saúde (SUS). Ao todo, são 119 estudantes, divididos entre profissionais da saúde de nível auxiliar e técnico.
“Ficamos muito honrados com todo o carinho que estamos recebendo. Estar aqui é aprender de diferentes formas e levar para casa novos contatos e novas formas de ver e fazer as coisas. Desejo boas energias e torço para que todos aproveitem ao máximo esta experiência tão valiosa”, afirma a coordenadora do Centro de Simulação da Universidad del Alba, Marisol Arias Burgos.
Os cursos “Modelo de Atenção com ênfase em gestão comunitária e promoção da saúde, sistema de saúde como determinante social da saúde” e “Formação e Aperfeiçoamento com Ênfase em Gestão Comunitária e Promoção da Saúde, Participação Comunitária e Intersetorial”, fazem parte do projeto Unesc Level e são fruto de uma parceria internacional com a Universidade Corporativa Luces, a empresa Atom Capacitaciones e a Universidad del Alba, do Chile. A proposta busca nutrir o intercâmbio de conhecimentos entre os países.
Nos próximos dias, além das Clínicas Integradas em Saúde da Unesc, os visitantes conhecerão de perto o funcionamento das unidades de saúde, hospitais e Centro de Referência de Assistência Social (Cras), Centro de Referência de Assistência Social (Creas), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), entre outros.
“Temos uma programação intensa, mas que foi pensada para que eles extraiam o máximo de conhecimento técnico, mas também cultural. É o compartilhar entre as partes que torna esse momento ainda mais especial. Da nossa parte, eles podem esperar um acolhimento lindo e aprendizagem de excelência sobre serviços e ensino”, garante a coordenadora do setor de Pós-graduação da Unesc, Mágada Tessmann.
Atualmente, a Unesc possui mais de 50 acordos internacionais, sendo reconhecida com o 1º lugar no estado e a 14ª colocação entre as Universidades não estatais no Brasil em Internacionalização, segundo o Ranking Universitário Folha (RUF).
“Valorizamos muito essa troca de conhecimento e experiências genuínas, pois proporciona para estas pessoas e para nós, a possibilidade de viver, de pensar e de agir de maneira diferente. O conhecimento é uma poderosa ferramenta. Tenho certeza de que hoje começa uma experiência transformadora na vida destes estudantes, que têm a chance de formar um perfil profissional global”, pontua a coordenadora do Escritório de Relações Internacionais da Unesc, Vanessa Moraes de Andrade.
A importância do atendimento humanizado
Enfermeiro formado há 37 anos, o pró-reitor de Administração e Finanças da Unesc, José Otávio Feltrin, fez parte da estruturação do SUS na região. “Tenho muito orgulho dessa trajetória que me fez enxergar a saúde brasileira de maneira ampla. Nós evoluímos muito e esse é um trabalho que nunca vai terminar, pois sempre há espaço para melhorar. Estes estudantes vão conhecer uma realidade diferente e tenho certeza de que sairão transformados dessa experiência”, afirma.
Ainda sobre a realidade diferente que vão conhecer, a pró-reitora de Ensino, Graziela Amboni, evidencia o que, para ela, é o principal diferencial do SUS. “O olhar para cada ser, entendendo que quem está na linha de frente está lá para servir e buscar a melhor solução para ajudar a melhorar a vida das pessoas”, afirma. “Por isso desejo que esses estudantes voltem para casa com o coração cheio de empatia e com a certeza de que fazem a diferença na sociedade”, acrescenta a pró-reitora.
O projeto visa contribuir para o aperfeiçoamento profissional dos estudantes e melhoria do sistema público de saúde do Chile. “Teoria e prática juntas, o que ajuda a garantir que a experiência seja a mais produtiva para ambos os lados. As práticas servem para discutirem e repensarem a saúde pública. Ao final, cada estudante vai escrever um projeto de intervenção de melhoria para o sistema público do país”, explica a coordenadora operacional, Letícia Felipe Milak.
Geral
Tsunami meteorológico assusta e deixa estragos em praias de Jaguaruna
Na madrugada desta segunda-feira ,02, moradores da região de Jaguaruna, no Litoral Sul de Santa Catarina, presenciaram um raro e inesperado fenômeno natural: um tsunami meteorológico. Por volta da 1h da manhã, o mar avançou de forma súbita e percorreu uma longa extensão em direção ao continente.
De acordo com a Central de Monitoramento da Defesa Civil, a estação maregráfica de Balneário Rincão registrou um aumento de 1 metro no nível do mar em poucos minutos. O evento ocorreu em condições incomuns, já que os modelos meteorológicos não indicavam maré alta ou agitação marítima.
Os meteorologistas da Defesa Civil explicam que o fenômeno foi causado por uma intensa Linha de Instabilidade presente na região naquele momento. Essas linhas, formadas por tempestades alinhadas, geram alterações bruscas na pressão atmosférica e ventos fortes. Esse conjunto de fatores cria pulsos de pressão que se propagam no oceano, amplificando as ondas à medida que se aproximam da costa.
“Quando há uma ressonância quase perfeita entre a velocidade da linha de instabilidade e das ondas no oceano, o efeito é intensificado, causando um avanço súbito do mar”, explicou o meteorologista Caio Guerra.
Apesar da raridade, outros tsunamis meteorológicos já foram registrados no Litoral Sul de Santa Catarina, especialmente na primavera. O mais recente ocorreu em novembro do ano passado, no município de Laguna.
Felizmente, o evento desta madrugada não causou danos significativos nem deixou feridos. As autoridades reforçam a importância do monitoramento constante das condições meteorológicas e da conscientização da população sobre como agir em situações semelhantes.
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