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Dialeto Veneto deve ser resgatado em Nova Veneza

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Quando chegaram por aqui, os imigrantes que colonizaram Nova Veneza falavam um dialeto que se perdeu ao longo do caminho. Segundo o secretário de Educação de Nova Veneza, Elzio Milanez, agora uma parceria entre a Universidade Federal de Santa Catarina e o Governo de Nova Veneza vai tentar resgatar esse dialeto. “Poucas pessoas falam o dialeto veneto. Essa parceria quer resgatar e preservar essa tradição”.

O programa pretende, a curto e médio prazo, projetos e ações como a valorização e o uso do Talian, língua dos imigrantes e de seus descendentes, para evitar a perda eminente de um inestimável patrimônio; a valorização do ensino da língua italiana, já presente no currículo da rede municipal e o resgate da memória e da identidade dos descendentes dos imigrantes. Além do processo de revitalização do Museu do Imigrante Cônego Miguel Giacca na valorização do acervo já existente, ressignificando os objetos expostos com narrativas que contem seu uso na vida social dos imigrantes, catalogação e digitalização do acervo documental e criação de um site com informações sobre o museu e com acervo virtual.

“O projeto apresenta três pontos que tem relação diretamente com Nova Veneza. A valorização e o uso do Talin que é a língua que está em extinção e para não deixar morrer o dialeto. É a língua dos imigrantes, mas também dos nossos aqui descendentes e as novas gerações estão perdendo. A valorização do ensino da língua italiana que já faz parte da grade curricular e o resgate da memória da identidade dos descendentes dos imigrantes aqui em Nova Veneza”, afirmou a professora doutora Carolina Pizzolo Torquato.

Carolina também o primeiro projeto a ser desenvolvido que pretende iniciar com a cooficialização do Talian. “Outros municípios no Rio Grande do Sul já fizeram isso e apenas um em Santa Catarina. O objetivo é recuperar a memória histórica e afetiva da comunidade, garantirmos os seus direitos linguísticos e a preservação do seu patrimônio imaterial. Já existe toda uma legislação que apoia a cooficialização de uma segunda língua no município conhecida como Capital Catarinense da Gastronomia Típica Italiana, mas poderia ser também da cultura. Vamos debater com a comunidade se há interesse em tornar o dialeto mais importante para o município. ”, relatou.

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Edital da Lei Paulo Gustavo está com inscrições abertas em Nova Veneza

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Nova Veneza, por meio da Secretaria de Cultura, Esporte e Turismo, abriu as inscrições para os editais da Lei Paulo Gustavo. Está aberto o edital do audiovisual, que é exclusivo para o fomento de produções e iniciativas ligadas ao cinema e vídeo. E o outro destinado a multilinguagens, que abrangem as demais áreas culturais e artísticas. Serão mais de 140 mil reais destinados ao município neste ano e os editais onde estão detalhadas as regras estão disponíveis no site oficial da prefeitura (www.novaveneza.sc.gov.br/lei-paulo-gustavo).

A oportunidade é destinada a entidades ou pessoas físicas residentes no município, desde que atendam aos critérios dos editais. “Estes editais são muito importantes para os nossos artistas e com certeza teremos belos trabalhos que vão representar a nossa cultura. Além de expor e revelar novos talentos em diversas áreas artísticas de Nova Veneza”, destaca a Secretária de Cultura, Carolina Ghislandi.

Confira a divisão dos recursos para cada área:

– Modalidade Apoio a Produções Audiovisuais com valor total de  R$ 102.541,03

– Apoio às demais áreas da cultura que não o audiovisual com valor total de R$ 41.520,04.

A Lei Paulo Gustavo

Lei Paulo Gustavo (Lei Complementar nº 195, de 8 de julho de 2022) foi pensada com o objetivo de apoiar fazedores de cultura diante dos desafios da pandemia de Covid-19. Prevê o repasse de R$ 3,86 bilhões do superávit do Fundo Nacional de Cultura (FNC) a estados, municípios e ao Distrito Federal para ações emergenciais voltadas ao setor cultural, por meio de editais, chamamentos públicos, prêmios ou outras formas de seleção pública.

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Livro que aborda a migração italiana será lançado na Unesc

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A Unesc recebe nesta sexta-feira (25/08) a autora Giorgia Miazzo, diretamente da Itália, para o lançamento do livro em parceria com a Editora da Universidade: “As grandes migrações – do norte da Itália ao Brasil”. O evento, marcado para às 19h, será no Auditório Edson Rodrigues, no Bloco P da Instituição, e promete ser uma oportunidade única para os entusiastas da literatura e da cultura migratória.

O exemplar aborda testemunhos e histórias de vida dos imigrantes italianos nas Américas, especialmente das regiões de Vêneto; Trentino Alto Adige; Friuli Venezia Giulia; e Lombardia. A obra oferece uma rica coleção fotográfica e detalhes sobre tradições, costumes, músicas e língua.

A reitora Luciane Bisognin Ceretta expressou entusiasmo e reconhecimento diante do lançamento. “Esta obra representa um marco não apenas para a Universidade, mas também para a valorização da diversidade cultural e histórica que moldou a nossa região e o país e com certeza enriquecerá a compreensão das origens e contribuições dos migrantes italianos para o país”, comenta, enfatizando ainda que a publicação fortalece o compromisso da Universidade com a internacionalização e o intercâmbio cultural.

Esta obra é parte integrante do projeto internacional “Viagem só de ida para a Mèrica”, uma iniciativa que busca exaltar e disseminar a identidade e a cultura da emigração italiana. “Seu objetivo é revelar e redescobrir, tanto na Itália quanto na América Latina, a magnificência e a riqueza de um capítulo histórico que moldou nosso território de forma significativa desde 1870 até os dias atuais”, comenta a autora Giorgia Miazzo.

Durante o evento de lançamento ela irá compartilhar detalhes sobre o processo de criação do livro, suas experiências de pesquisa e interação com as comunidades italianas no exterior, além de suas perspectivas sobre a importância da internacionalização acadêmica e cultural. 

“Sou grata a Unesc por possibilitar a realização desse projeto, que foi traduzido para o português, enriquecendo ainda mais seu alcance. Me senti sempre muito bem acolhida pela Instituição”, completa a italiana, que fará também apresentações do livro em outros locais do Brasil e ainda no seu país de origem. 

Para a pró-reitora de Pós-Graduação, Pesquisa, Inovação e Extensão, Gisele Coelho Lopes, a Universidade se orgulha de ser incentivadora de projetos tão importantes, que não apenas preservam o passado, mas também enriquecem o presente e o futuro da comunidade acadêmica e da sociedade como um todo. “Essa obra será um legado duradouro e uma fonte de inspiração para as gerações presentes e futuras”, sublinha Gisele.

Resgate da cultura

Segundo o editor chefe da Editora e Livraria da Unesc (EdiUnesc), professor Dimas de Oliveira Estevam, a obra assume um papel de extrema importância. “Ao trazer a perspectiva de uma pessoa diretamente da Itália, ela desempenha um papel crucial ao resgatar a rica narrativa da migração italiana, concentrando-se de maneira especial no contexto do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e outras regiões do país”, explica.

O professor Estevam destaca a relevância dessa publicação, que apresenta uma abundância de fotografias e documentos. Ele ressalta sua significância para a Universidade, especialmente no contexto do processo de internacionalização, bem como pelo valioso papel desempenhado no resgate da herança cultural. 

“Por meio desta obra, os leitores terão a oportunidade de aprofundar seu conhecimento sobre as origens desses destemidos migrantes. É importante observar que o projeto para a concepção deste livro já estava em andamento há dois anos”, ressalta.

O editor enfatiza o papel fundamental desempenhado por uma editora. Para ele, sua função transcende a mera publicação científica, estendendo-se para a disseminação cultural das produções regionais. 

“Ao preservar o que é produzido na região, a editora assume a nobre tarefa de registrar os feitos que moldaram o passado. O exemplar estará acessível na Editora, tornando-se um documento de suma importância para toda a história dos antepassados”, completa.

Sobre a autora

Giorgia Miazzo é docente, intérprete e tradutora juramentada, escritora, jornalista e líder turística habilitada. Consultora da região do Vêneto, na Itália. Especialista na cultura da América Latina, interage em nível profissional e acadêmico em vários países nas Américas e na África. Sua paixão e sua sensibilidade, combinadas com o domínio de algumas línguas, levaram-na a se confrontar com as comunidades italianas no estrangeiro e a moldar a enorme bagagem cultural, humana e profissional recolhida em suas pesquisas antropológicas e linguísticas.

Pesquisadora do patrimônio imaterial da emigração ítalo-vêneta no mundo, desenvolve centenas de palestras na Itália e no exterior e roteiros culturais pelo Brasil. É idealizadora de projetos como Cantando in talian ou veneto-brasilian; Viagem só de ida para a Mèrica; Contos de dois mundos; Vênetos além do oceano; As grandes migrações; Grand Tour do Sul; e Olhos além do mar.

Além de participações em rádios e televisões locais e nacionais, artigos em jornais e revistas especializadas na Itália e no exterior, estabeleceu o comitê científico VSA-M da Universidade dos Estudos de Pádua e o projeto permanente Grandes Migrações.

Foi premiada com o Prêmio Internacional Globo Tricolore, promovido pela Presidência da República Italiana e pela RAI; o Prêmio de Melhor Trabalho nas Ciências Humanas, promovido pelo Conselho da Região do Vêneto; o Prêmio Internacional Salve seu Idioma Local, no Campidoglio em Roma; o Prêmio Ordem Religiosa dos Escalabrinianos sobre as Línguas Maternas; o Prêmio Patrimônio da Região do Vêneto, na Villa Settembrini, em Veneza; a celebração da publicação de I Miei Occhi hanno visto, que aconteceu no Senado da República e no Conselho da Região do Vêneto.

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Edital Cultura Criciúma: Grupo Cirandela apresenta espetáculo “Lá Vem Poesia”

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Por meio dos recursos do Edital Cultura Criciúma 2022, o Grupo Cirandela despertará o imaginário dos cidadãos criciumenses por meio do seu espetáculo “Lá Vem Poesia”. São duas apresentações que entrelaçarão a narrativa com a música, buscando redescobrir em suas ações a infância dos telespectadores. O evento, composto por contos e canções autorais, acontecerá nesta quinta-feira (17), no auditório da Praça CEU, localizada no bairro Progresso.

Na percepção da fundadora do grupo Cirandela, Priscila Schaucoski, o espetáculo “Lá Vem Poesia” contribui com a manutenção da programação artística e cultural do espaço público, levando arte e cultura para todos os espaços da cidade. “O acesso à fruição de bens artísticos culturais é um direito das pessoas. O presente projeto propõe ocupar o espaço público com apresentações artísticas através de políticas públicas culturais como o Edital Cultura Criciúma, que garantem o acesso à arte e à cultura, e que invistam e evidencie o trabalho dos artistas da cidade”, pontua.

A partir de contos populares e de clássicos da literatura infantil, o espetáculo de contação e cantação de histórias, proporcionado pelo Grupo Cirandela, busca não apenas estimular a imaginação das crianças, mas proporcionar aos adultos uma redescoberta da infância. O espetáculo será divido em dois horários: no período da manhã, às 10h, e no período da tarde, às 14h. A entrada é franca e aberta aos moradores, sendo que os ingressos serão distribuídos uma hora antes do início dos espetáculos. Ambas as apresentações têm classificação livre e indicação para todas as idades.

Através da Prefeitura de Criciúma, por meio da Fundação Cultural de Criciúma (FCC), e do Conselho Municipal de Políticas Culturais de Criciúma (Comccri), o Edital Cultura Criciúma disponibiliza recursos financeiros para contribuir com projetos culturais. O grupo Cirandela foi um dos contemplados do Edital 2022. Todos aqueles que recebem os recursos necessitam prestar contas após o desenvolvimento de suas propostas, isso sendo voltado a um viés social, seja uma apresentação gratuita, disponibilização online, distribuição de livros, entre outros. “O Edital Cultura Criciúma 2022 está sendo executado agora, no ano de 2023. Foram vários projetos contemplados. Todos receberam recursos da Fundação Cultural para a execução dessas produções. Agora, tem a contrapartida, que eles precisam fazer as apresentações públicas”, explica o diretor de Turismo da FCC, Ismail Ahmad Ismail.

Origem do Grupo Cirandela

O Grupo Cirandela teve sua criação em 2009, quando Bruno Andrade e Priscila Schaucoski, os fundadores, passaram a executar o projeto “Conte Outra Vez”. Desde então, em seus 14 anos de pesquisa e de produção artística, o grupo busca desenvolver em seu trabalho as diversas formas da linguagem, da poética do som, da palavra e do movimento, elencando o encontro da música com a literatura e o teatro.

“Sendo assim, a montagem do espetáculo “Lá Vem Poesia” é a essência de toda a produção e pesquisa que partiu dos autores e compositores criciumenses, até abranger o território estadual, consolidando um repertório que se transformou com o tempo, com a experiência e com o público diverso”, afirma Priscila.

Edital Cultura de Criciúma

O Edital Cultura Criciúma 2022 destinou R$ 142 mil para 30 projetos culturais locais. Cada proposta recebeu R$ 4.750, sendo que o valor é proveniente do Fundo Municipal de Cultura (FMC). A finalidade do edital é apoiar as propostas culturais, com uma abrangência em artes visuais, audiovisual, cultura digital, cultura popular, hip hop, dança, literatura, música, patrimônio e teatro.

“O edital vem para fomentar essas pequenas atividades culturais, essas pessoas que estão lançando seus primeiros trabalhos e que precisam desse apoio para lançar seus trabalhos juntos com a comunidade criciumense”, ressalta Ismail.

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