Agronegócio
SindArroz-SC classifica como “frustrante” reunião no MAPA sobre crise do arroz
O Sindicato das Indústrias de Arroz de Santa Catarina (SindArroz-SC) deixou Brasília nesta quarta-feira, 3, com a sensação de que o Governo Federal não apresentou avanços para enfrentar a crise que atinge o setor orizícola no país. A entidade participou de uma reunião no Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) com o secretário de Política Agrícola, Guilherme Campos Júnior, em agenda articulada pela deputada federal Geovânia de Sá.
Apesar da presença de lideranças políticas e representantes de várias regiões produtoras, a conversa não trouxe respostas novas — avaliação feita pelo presidente do SindArroz-SC, Walmir Rampinelli.
“O Governo Federal ignorou a gravidade do momento. Não apresentou uma única proposta nova e se limitou a repetir medidas já conhecidas, que não surtiram efeito. A ausência de ações concretas mostra que o governo parece confortável com o desmonte silencioso do setor”, declarou.
Setor vive momento crítico
As indústrias de arroz enfrentam forte queda nos preços e acumulam prejuízos sucessivos. Rampinelli alerta que o cenário ameaça a operação de muitas empresas.
“Os ativos exigem manutenção constante. Sem resultado econômico, não há sustentabilidade possível. Estamos tentando evitar demissões, mas o ponto de equilíbrio já está ficando inviável”, afirmou.
Campanha para incentivar o consumo não substitui medidas emergenciais
Em nível nacional, o SindArroz-SC participa de uma campanha para incentivar o consumo de arroz, desenvolvida em parceria com a Abiarroz e o IRGA. A entidade reconhece a importância da iniciativa, mas reforça que ações de médio e longo prazo não resolvem o problema imediato.
“Estamos propondo caminhos. O setor está pedindo apoio para atravessar este momento e o mínimo esperado era uma sinalização efetiva de diálogo e ação”, disse o presidente.
Rampinelli destacou ainda que o sindicato seguirá atuando na defesa das indústrias catarinenses e na articulação de medidas que deem sustentação a toda a cadeia orizícola, que envolve milhares de agricultores.
“Vamos seguir cobrando uma resposta à altura da crise e buscando soluções reais para quem transforma o arroz em alimento, emprego e desenvolvimento”, concluiu.

Agronegócio
Arroz: Crise de preços e estoques altos geram apreensão no Sul de SC e RS com o início da nova safra
A cadeia produtiva do arroz no Sul do Brasil iniciou o plantio da safra 2025/2026 sob forte apreensão. Com os preços do grão abaixo do custo de produção, o cenário é de dificuldades para produtores e indústrias em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.
Em SC, a área plantada será de 143,4 mil hectares, uma redução de 1,30% em relação à safra anterior, com a produção projetada caindo 6,14%, segundo a Epagri/Cepa.
Preços não cobrem o custo e produtor está sem capital
O principal dilema é a baixa remuneração. O preço ideal da saca de 50 kg deveria ser de R$ 75 para cobrir os custos, mas hoje está sendo comercializada a cerca de R$ 51.
O engenheiro agrônomo Douglas George de Oliveira, da Epagri, alerta que a menor capitalização dos produtores resulta em menos investimento, o que impacta diretamente a produtividade.
O produtor Claudionir Roman, de Nova Veneza (SC), expressa a preocupação da categoria: “Todo mundo está arriscando. Só que essa arriscada pode ser fatal lá na frente. Ninguém vê uma luz no fim de tudo. Se o preço não reagir, vem a quebradeira. Por isso, alguém tem que tomar alguma atitude”.
Indústrias preveem rentabilidade zero e pedem socorro ao Governo
As indústrias orizícolas catarinenses e gaúchas enfrentam custos altos e margem de lucro inexistente.
Walmir Rampinelli, presidente do SindArroz-SC, afirma que o mercado segue sem perspectiva de melhora até o próximo ano e teme demissões. Ele cobra a intervenção do Governo Federal:
“O governo precisa fazer a sua parte, adquirindo, pelo menos, 1 milhão de toneladas para desafogar os estoques de passagem. Dessa forma, gradativamente o mercado poderá voltar ao patamar inicial”, defende Rampinelli.
Carlos Eduardo Borba Nunes, presidente do SindArroz-RS, reforça que a situação é grave para ambos os estados, projetando até dois anos de “rentabilidade muito próxima a zero”. Ele aponta que o setor só deve começar a se recuperar no segundo semestre de 2027, devido ao deprimido mercado internacional, afetado pelas supersafras da Índia.
Nunes e Rampinelli concordam que, sem uma ação coordenada e sensibilidade do governo, o setor essencial para a segurança alimentar do país pode não resistir ao período crítico.

Agronegócio
BNDES destina R$ 60 milhões para fortalecer produção de alimentos saudáveis com bioinsumos
O setor de produção de alimentos saudáveis vai receber um aporte de R$ 60 milhões em recursos não reembolsáveis, voltados para cooperativas da agricultura familiar, por meio do programa BNDES Bioinsumos.
Segundo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a iniciativa tem como objetivo ampliar a produção e a “multiplicação de bioinsumos acessíveis e replicáveis”. Os bioinsumos, produzidos a partir de microrganismos e resíduos vegetais e orgânicos, são utilizados na fertilização do solo e no controle de pragas, além de contribuírem para o desenvolvimento sustentável da agricultura, da pecuária, da aquicultura e das florestas. O projeto conta com apoio técnico da Embrapa.
A chamada pública para selecionar as iniciativas será lançada em breve, com prioridade para projetos das regiões Norte e Nordeste. A proposta é incentivar a instalação de unidades industriais e semi-industriais que promovam a transição tecnológica para o uso de bioprodutos, integrados aos agroecossistemas, visando ampliar a oferta de alimentos saudáveis.
De acordo com o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, a medida atende compromissos do governo federal.
“O BNDES Bioinsumos atende a dois compromissos históricos do governo Lula: além de contribuir com o aumento da produção de alimentos saudáveis, garantindo a segurança e soberania alimentar e nutricional, essa iniciativa fortalece a geração de renda de cooperativas da agricultura familiar, ao ampliar o acesso aos bioinsumos, com menores custos e maior produtividade”, afirmou.

Agronegócio
Feira AgroPonte 2025 entra para a história com recordes de público e de negócios
A 14ª edição da AgroPonte consolidou a feira como o maior evento do agronegócio em Santa Catarina e um dos principais do Sul do Brasil. Realizada no Centro de Eventos José Ijair Conti, em Criciúma, a feira registrou recordes de público, expositores e volume de negócios.
Segundo a organização, 25 mil pessoas passaram pelo evento em um único dia. “Nosso objetivo era realizar uma edição histórica, e ela ficará marcada. Foram quase 200 expositores em mais de 25 mil metros quadrados”, destacou Jaqueline Backes, diretora da NossaCasa Feiras & Eventos.
A agricultura familiar teve forte presença, com 45 cooperativas representando mais de 2 mil propriedades rurais, muitas delas do Sul e da Serra Catarinense, com apoio da Epagri, Cidasc e da Secretaria de Agricultura do Estado.
O evento também recebeu autoridades. O governador Jorginho Mello ressaltou que o agro representa 35% do PIB catarinense. Já o prefeito Vagner Espíndola, o Vaguinho, afirmou que a feira “se espalha pela cidade e movimenta a economia”.
Expositores celebraram os resultados. Mariana Martinello Cechinel, da Terra de Ferro, destacou a boa receptividade aos produtos: “Nosso doce de tomate foi um sucesso”. Já Ilene Zanivan Martinello, da Leninha Cucas e Tortas Gourmet, comemorou: “A meta era vender 1.500 cucas, e superamos 2 mil”.
Além dos negócios, a AgroPonte promoveu palestras, oficinas, exposições de animais, equoterapia e o tradicional julgamento de raças, que neste ano trouxe premiações alusivas ao centenário de Criciúma.
A 15ª AgroPonte já tem data confirmada: acontece de 12 a 16 de agosto de 2026, novamente em Criciúma.

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