O Ministério Público de Santa Catarina encaminhou a desembargadora Cintia Schefer um pedido para que volte a ser decretada a prisão preventiva do Prefeito CLésio Salvaro. Na argumentação encaminhada ao TJ, o MP alega que Salvaro logo na chegada à Criciúma descumpriu uma das medidas restritivas que foram impostas no momento de sua soltura. A referência do MP é ao ato na Rua da Gente.

Salvaro foi recepcionado com festa pelos apoiadores· Entre eles está Paulo Padilha, o Paulo da Farmácia, e Daniel Antunes. Ambos aparecem no processo e por conta disso não poderiam ter contato com o prefeito. É um pedido do Ministério Público e não significa que será aceito, mas é mais um fator para inflamar o processo eleitoral na última semana do pleito.

Salvaro aliás, tem aproveitado o seu retorno a cidade para fazer campanha. Ele caminhou na Santa Luzia ao lado de Vaguinho e Salésio e acompanhado de perto pelo deputado Júlio Garcia. Salvaro, mesmo sem ser candidato, por uma combinação de fatos acabou mais uma vez sendo o protagonista do processo eleitoral em Criciúma.

Passava das 21 horas quando um grupo de apoiadores do prefeito Clésio Salvaro, liderado por Vaguinho Espíndola e Salésio Lima, começou a se concentrar na Rua da Gente, ao lado do Parque das Nações. Foi ali a primeira parada de Salvaro desde que saiu de Itajaí onde permaneceu 23 dias detido. Salvaro é citado na Operação Caronte, por suposto envolvimento em esquema do caso das funerárias em Criciúma.

Salvaro foi recebido com festa, teve o nome gritado em coro, mas não falou. As manifestações públicas ficaram para a primeira dama Adriana Salvaro e para o próprio Vaguinho. Salvaro foi colocado em liberdade ontem, por decisão da mesma desembargadora que havia determinado sua prisão.

Segundo Giovani Dagostin, advogado do prefeito, a decisão não chegou a surpreender. “Ela vai ao encontro do que defendíamos. A prisão é um decisão extrema e o prefeito não representava perigo que justificasse esse posicionamento”, argumentou. Segundo Dagostin, a decisão ainda será melhor avaliada, mas a primeira vista, Salvaro pode sim participar de atos de campanha. Ele também não garantiu, mas a tendência é que o próximo passo seja buscar no STJ a liberação da função pública de Salvaro, para que ele retorne ao Paço. “Neste momento queremos é comemorar que o prefeito está em liberdade, está de volta para casa e é um dia de celebração. Os próximos passos ainda serão avaliados”

A Desembargadora Cintia Schaeffer, que é a responsável pela relatoria das operação Caronte, autorizou o prefeito de Criciúma Clésio Salvaro a deixar a prisão. O julgamento do pedido de revogação da Prisão Preventiva ocorreu nesta quinta-feira.

A decisão impõe ao prefeito o uso de monitoramento eletrônico por 90 dias, a suspensão de suas funções públicas, ou seja, segue afastado do Paço, pelos próximos 120 dias. Proibição de acesso aos demais denunciados, proibição de acessar as dependências do Paço Municipal, proibição de se manifestar nas redes sociais ou de conceder qualquer entrevista.

Também foram liberados e com restrições Juliane Abel Barchinski, Juliano da Silva Deolindo, Jeferson Monteiro e demais envolvidos.

Neste momento o advogado Giovani Dagostin segue para o Presídio de Itajaí para acompanhar o prefeito Clésio Salvaro até Criciúma.