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Economia

Evento discute transição energética em Criciúma

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A jornada da indústria rumo à descarbonização deve passar por um período de adaptação até que a matriz energética deixe de usar combustíveis fósseis. A diminuição da emissão de gases do efeito estufa faz parte das metas acordadas no Acordo de Paris, em que o Brasil propôs a redução de 37% em suas emissões até 2025 e uma contribuição indicativa de 43% abaixo dos níveis de 2005 em 2030, além de medidas adicionais em energias renováveis e eficiência energética.

Para debater os desafios a serem enfrentados pelas indústrias na direção de emissões líquidas zero, a Federação das Indústrias de SC (FIESC), organiza no próximo dia 20 de agosto, o evento Radar Pocket – Descarbonização. https://fiesc.com.br/pt-br/radar
O encontro, que ocorre na Associação Comercial e Industrial de Criciúma (ACIC), vai discutir a necessidade de implementação de políticas públicas estaduais para fomentar a transição e como atender a necessidade de reduções de emissões frente a atual matriz energética catarinense. Quem fala sobre o tema é Guilherme Dallacosta, secretário do Meio Ambiente e da Economia Verde do estado.

Um dos debates centrais do evento é a estratégia a ser adotada neste momento em que combustíveis fósseis e verdes vão coexistir, na caminhada para uma transição energética justa. O painel sobre o assunto traz executivos da SCGás e Diamante Energia, além da Associação Brasileira do Carbono Sustentável. É consenso que, num primeiro momento, haverá a necessidade de aumentar a parcela de combustíveis fósseis com menores níveis de emissão de gás carbônico, até que os investimentos em novas tecnologias de combustíveis verdes sejam comercialmente viáveis e possam ser acessíveis. A transição energética justa considera essa acessibilidade de energias renováveis tanto do ponto de vista da segurança no fornecimento como no preço.

Oportunidades

Descarbonizar os setores industrial e de transporte investindo em novas tecnologias, e investir na eletrificação e na eficiência energética pode impulsionar a descarbonização. 

O evento vai debater como as oportunidades de novos negócios para atender às demandas crescentes por soluções de energia verde e de eficiência energética na indústria. Também vai tratar do impacto dessa transição do setor industrial, tanto do ponto de vista de investimentos como de regulação e expectativa dos consumidores. Esse cenário é tema do painel com executivos da Salvaro Industrial, Grupo Mohawk e FCO Group.

Protagonismo

A descarbonização do Brasil é fundamental para o atingimento das metas globais firmadas em Paris. Isso porque o país é um dos maiores emissores de gases do efeito estufa, ocupando a sétima posição, mas também porque conta com uma posição muito favorável para se tornar uma das potências que vai viabilizar essa transição. O perfil de emissões do Brasil é muito diferente do restante do mundo. O país emite cerca de 2,2 gigatoneladas de dióxido de carbono equivalente (GtCO2eq) todos os anos. Metade desse volume é gerado a partir do desmatamento, um quarto pela agricultura, um quinto por transportes e energia, e o restante pela indústria e resíduos, conforme dados da consultoria McKinsey.

Por outro lado, o país é destaque na produção de energias renováveis. De acordo com os dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), dos 200 GW de potência alcançados pelo Brasil, 84,25% são de fontes renováveis e 15,75% de fontes não renováveis (1% nuclear). As três maiores fontes renováveis que compõem a matriz de energia elétrica brasileira são hídrica (55%), eólica (14,8%) e biomassa (8,4%). Isso coloca o país em posição de protagonismo, a partir do incremento da contribuição da bioenergia na sua matriz. No acordo de Paris, o Brasil se comprometeu a elevar a participação de bioenergia sustentável na matriz energética para 18% até 2030.

Confira a programação e faça sua inscrição: https://fiesc.com.br/pt-br/radar

SERVIÇO:
O quê: Radar Pocket Transição Energética
Quando: 20 de agosto – 13h30
Onde: ACIC – Criciúma
Inscrições gratuitas: https://fiesc.com.br/pt-br/radar

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Economia

Lula promete reação à taxação de Trump e cita “lei da reciprocidade”

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (10) que o Brasil vai adotar medidas políticas e econômicas contra a tarifa de 50% imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, às exportações brasileiras. A declaração foi dada em entrevista à jornalista Christina Lemos, da TV Record, e publicada nas redes sociais de Lula.

Entre as ações possíveis, Lula citou recurso à Organização Mundial do Comércio (OMC), mobilização diplomática por meio do Itamaraty e aplicação da chamada “lei da reciprocidade”. “Se ele vai cobrar 50% de nós, nós vamos cobrar 50% deles”, disse o presidente. Segundo ele, a prioridade será o diálogo, mas o governo não descarta adotar medidas duras caso a negociação não avance.

Lula também rebateu críticas feitas por Trump em carta enviada ao governo brasileiro, em que cita a Justiça brasileira e o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal como fatores para a adoção da tarifa. “Trump precisa respeitar o Brasil e o Judiciário brasileiro, assim como eu respeito o americano”, afirmou.

O presidente destacou ainda que, nos últimos 15 anos, o Brasil acumulou um déficit de mais de US$ 410 bilhões na balança comercial com os EUA, contestando a justificativa americana para a sobretaxa. Ele também acusou Bolsonaro de “concordar com a taxação”, ao alegar que seu filho, Eduardo Bolsonaro, atuou diretamente junto a Trump para influenciar a decisão.

Como resposta prática, o governo federal deve instalar um comitê com empresários que exportam aos Estados Unidos para discutir o impacto da medida e buscar novos mercados. “O que a gente não pode é aceitar esse tipo de ataque sem uma resposta firme”, concluiu Lula.

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Economia

Prefeitura de Criciúma antecipa 13º salário para servidores e injeta R$ 12 milhões na economia

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A Prefeitura de Criciúma antecipou, nesta quinta-feira (10), o pagamento de 50% do 13º salário aos servidores públicos municipais. A medida beneficia cerca de 4.400 trabalhadores que optaram por receber o valor neste período, representando um aporte de aproximadamente R$ 12 milhões na economia local.

Com a inclusão da folha de pagamento de junho, férias, rescisões e a antecipação do 13º, o impacto econômico ultrapassa os R$ 34 milhões somente neste período. Segundo o prefeito Vagner Espindola, a iniciativa é fruto de planejamento e responsabilidade fiscal da gestão.

“Nosso objetivo é reconhecer o trabalho dos servidores e, ao mesmo tempo, aquecer a economia do município em um período importante. Essa medida também reforça nosso compromisso com o equilíbrio das contas públicas”, destacou o prefeito.

O vice-prefeito Salésio Lima também ressaltou o alívio financeiro proporcionado à categoria. “Estamos em um momento do ano em que muitos servidores buscam reorganizar o orçamento, quitar dívidas ou investir em melhorias. Esse recurso chega em boa hora e demonstra respeito àqueles que fazem a cidade funcionar”, afirmou.

A segunda parcela do 13º salário, referente aos 50% restantes, será paga até o dia 20 de dezembro, conforme prevê a legislação vigente.

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Economia

Prefeitura de Balneário Rincão antecipa 50% do 13º salário dos servidores

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A Prefeitura de Balneário Rincão anunciou a antecipação de 50% do décimo terceiro salário aos servidores públicos municipais. O pagamento da primeira parcela será realizado ainda nesta quinta-feira (10), garantindo um incremento na economia local.

A medida, segundo a administração municipal, é resultado de um planejamento financeiro responsável e do equilíbrio nas contas públicas. “É uma forma de valorizar nossos servidores e, ao mesmo tempo, aquecer a economia da cidade”, destacou o prefeito Luiz Laurindo.

A antecipação contempla todos os servidores efetivos, comissionados e contratados. A segunda parcela do benefício será paga em dezembro, conforme previsto no calendário oficial.

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