Economia
Trabalhadores do setor plástico podem entrar em greve
Sem nenhum avanço e cada vez mais próximo de materializar a vontade da categoria, que é a greve. Este é o panorama da negociação da convenção coletiva dos trabalhadores nas empresas da indústria de plásticos descartáveis (copos, pratos…) e flexíveis (embalagens), que ocupam, no total, mais de 8 mil postos de trabalho na região sul do Estado. As perdas salariais dos trabalhadores, que têm data base em 1º de abril, é uma inflação de 4,57%, medida pelo INPC.
“Tivemos mais uma rodada com os representantes do setor de descartáveis sem que houvesse qualquer mudança; eles querem apenas tirar ou reduzir os direitos dos trabalhadores e não vamos aceitar que isto ocorra; o clima de insatisfação da categoria é cada vez maior e estamos próximos de ter a maior greve do segmento”, avaliou o presidente do sindicato profissional, Carlos de Cordes, o Dé.
Na rodada de negociação desta terça-feira (30), os patrões voltaram a reafirmar a proposta de não conceder aumento real aos salários e reduzir, ou de preferência eliminar, o abono anual, que é pago há mais de uma década aos trabalhadores. O valor fixado na última convenção coletiva para o abono foi de R$ 800,00. “Foi o mesmo valor do ano anterior, ou seja, em 2016 não tivemos aumento real do abono”, explica Dé.
No segmento de plásticos flexíveis não há avanços. O sindicato patronal, antes de qualquer rodada de negociação com o sindicato profissional, requereu a instauração de Dissídio Coletivo, que está tramitando na justiça do trabalho. Em abril houve uma audiência de conciliação, sem acordo. Os patrões ofereceram 80% da inflação, fim do abono anual, congelamento do piso salarial e implantação do banco de horas. A proposta foi recusada, de plano.
Um dos pontos que impede o avanço das negociações nos dois segmentos, na opinião de Carlos de Cordes, é ter à mesa uma comissão ou representantes que não têm poder de decisão. “Um sindicato patronal contrata um advogado de Porto Alegre que não quer negociar e ajuíza o Dissídio Coletivo e o outro manda representantes que não podem decidir; com isto as negociações não evoluem e os trabalhadores vão ficando cada vez mais indignados nas fábricas”, finaliza Carlos de Cordes.
Economia
Criciúma lidera geração de empregos na região da Amrec e se destaca no estado
Criciúma se consolidou em outubro como a cidade com maior geração de empregos da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec) e a 10ª colocada no estado de Santa Catarina. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, no acumulado, foram admitidos 4.150 trabalhadores, resultando em um saldo positivo de 259 novos postos formais de trabalho no município.
Os números destacam o desempenho econômico de Criciúma, que tem se mantido como referência no mercado de trabalho da região. O setor de serviços, o comércio e a construção civil foram os principais responsáveis pelos resultados positivos, impulsionados pelo aquecimento da economia local e pela retomada de investimentos públicos e privados.
“Esses números refletem a força da nossa economia e o compromisso do governo em criar condições que favoreçam o crescimento das empresas e a geração de empregos. Não se trata apenas de estratégias administrativas, mas de um trabalho constante para atrair investimentos, apoiar empreendedores e garantir que trabalhadores tenham mais oportunidades. É assim que construímos uma Criciúma mais próspera e com mais qualidade de vida para todos”, frisou o prefeito Clésio Salvaro.
Criciúma também celebra o reconhecimento estadual, ocupando a 10ª posição entre os municípios catarinenses na geração de empregos. O diretor municipal de Desenvolvimento Econômico, Tecnologia e Inovação, Aldinei Potelecki, ressaltou o papel estratégico de iniciativas como o incentivo ao empreendedorismo e a qualificação profissional. “A cidade tem investido na capacitação da mão de obra e no fortalecimento das micro e pequenas empresas, que são a base da nossa economia. Esses esforços têm refletido diretamente nos resultados do CAGED”, destacou.
Economia
Credisol celebra 25 anos de estímulo ao microempreendedorismo no Brasil
Criada com o propósito de contribuir para o apoio a microempreendedores individuais, formais e informais, a Credisol chega aos 25 anos em dezembro de 2024. A data foi comemorada pela instituição nesta sexta-feira (29), com colaboradores diretos, franqueados e parceiros, em um evento no Centro de Eventos Rhóis, em Içara. A celebração contou com homenagens por tempo de casa e premiações por desempenho nos últimos 12 meses.
A organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP), com foco em microcrédito produtivo, foi fundada em Criciúma por iniciativa do Badesc e com apoio técnico do Sebrae, envolvendo diversas entidades locais que passaram a compor seus conselhos diretor e fiscal. Ao longo de sua história, a instituição expandiu sua atuação do Sul de Santa Catarina para alcançar os atuais 550 municípios, distribuídos em 15 estados brasileiros.
Ao longo das duas décadas e meia de história, a Credisol realizou 111 mil operações de microcrédito, totalizando R$ 666 milhões em investimentos no desenvolvimento de pequenos negócios. A instituição não tem fins lucrativos, e todos os resultados financeiros são utilizados para reinvestir na própria operação, proporcionando oportunidades a mais microempreendedores, destacou o diretor executivo da Credisol, Júlio César Burigo.
“Essas conquistas se dão em razão de um forte trabalho coletivo protagonizado pelos agentes de crédito, que atuam diretamente na qualificação e orientação dos clientes sobre o uso dos recursos. Para atingirmos nossos objetivos, contamos com uma equipe muito competente de 293 colaboradores diretos e terceirizados, além de investimentos em tecnologia que temos realizado nos últimos anos, mas sem perder a proximidade com o cliente”, enalteceu.
Com o propósito de contribuir para o desenvolvimento econômico e social dos microempreendedores e a geração de emprego e renda, a instituição também mantém um forte viés ligado à educação empreendedora, enfatizou o presidente da Credisol, Luiz José Damázio.
“Essa atuação se fortalece com o apoio à formação profissional de diversas pessoas, oferecendo a elas uma oportunidade de cidadania”, afirmou, mencionando os patrocínios a cursos realizados na Abadeus, no Bairro da Juventude e na Unesc, bem como o foco social no projeto de confecção de fraldas geriátricas da Cruz Vermelha, em Criciúma.
Homenagens, premiações e novidades
A solenidade festiva foi marcada ainda por dois atos relacionados à valorização da história e das equipes. Três colaboradoras foram homenageadas por completarem 20 anos de trabalho na instituição em 2024. A Credisol também realizou a premiação anual para os agentes de crédito e assistentes com melhor desempenho nos últimos 12 meses, dividida nas categorias colaboradores diretos e franquias.
Durante o encontro, foi anunciada a confecção de um livro sobre a história do microcrédito no Brasil, com menção à trajetória da própria Credisol. A obra está sendo escrita pelo jornalista e escritor Carlos Stegemann. Além disso, um documentário está em produção pelo jornalista Nei Manique. Ambos os conteúdos têm o objetivo de valorizar as histórias transformadas pelo microcrédito.
“Nos últimos meses, conversamos com muitos pequenos empreendedores pelo Brasil, além dos agentes de crédito que fazem essa roda girar. Tenho vivenciado uma economia brasileira que muitas vezes fica oculta da grande mídia. Um movimento que pulsa”, relatou Stegemann.
Economia
Definida empresa que irá fazer a gestão do Aeroporto de Jaguaruna
O Aeroporto Regional Sul Humberto Ghizzo Bortoluzzi, em Jaguaruna, será administrado pelo Consórcio Aeroportuário Regional Sul pelos próximos 30 anos. A concessão foi definida em um leilão realizado na manhã desta quinta-feira (28), na sede da B3, em São Paulo, marcando a primeira Parceria Público-Privada (PPP) do Governo de Santa Catarina.
O consórcio, formado pelas empresas RDL e Planaterra, será responsável pela manutenção, ampliação e modernização do aeroporto, com investimentos que podem ultrapassar R$ 75 milhões ao longo do período. Esse montante contempla um aporte inicial, contraprestações anuais e possíveis ampliações, como o alargamento da pista.
“O Aeroporto de Jaguaruna será transformado em um modelo de eficiência no atendimento aos passageiros, com mais opções de voos, conforto e segurança. Que seja a primeira de muitas PPPs em Santa Catarina”, celebrou o governador Jorginho Mello (PL) ao anunciar o resultado do leilão.
Modelo de PPP e investimentos do Estado
Na modalidade de PPP patrocinada, o Estado terá participação limitada a R$ 2.020.000,00, liberados conforme os investimentos forem realizados. A proposta vencedora assegurou uma contraprestação mensal de R$ 13.250,00, com um deságio de 80% em relação aos aportes estaduais.
Aumento no fluxo de passageiros
Atualmente, o aeroporto movimenta cerca de 11 mil passageiros por mês, totalizando 133 mil em 2023. Com a concessão, a expectativa é de um crescimento para 188 mil passageiros anuais em média.
Para o secretário de Portos, Aeroportos e Ferrovias, Ivan Amaral, o contrato simboliza um novo marco no desenvolvimento catarinense. “O Aeroporto de Jaguaruna irá impulsionar o crescimento da região Sul e poderá ser referência para outros projetos similares no estado”, afirmou.
O senador Beto Martins também destacou a relevância do modelo. “Essa concessão pioneira é essencial para dinamizar a infraestrutura aérea e oferecer a agilidade que a região Sul necessita.”
O consórcio deverá transformar o aeroporto em um polo regional estratégico, ampliando sua capacidade de atendimento e conectividade com outras regiões do país.
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