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Economia

Com 40% da capacidade ociosa, indústria química da região sofre para superar dificuldades

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Falta de competitividade, originada pelo incremento dos custos, dificuldades logísticas e capacidade de produção ociosa são alguns problemas enfrentados pelas empresas químicas da região Sul. Esse cenário, aliado à situação econômica que atravessa o país, preocupa os empresários do segmento, especialmente, no que diz respeito à manutenção dos empregos.

“As empresas do segmento químico da nossa região estão enfrentando um cenário difícil há mais de um ano e meio. Estamos com dificuldade com relação ao custo do gás natural há mais de três anos. Nós já tivemos o preço do gás natural 15% mais baixo que São Paulo, o que compensava a nossa deficiência logística”, coloca o presidente do Sindicato das Indústrias Químicas do Sul Catarinense (Sinquisul), Marcos Vefago.

“Mesmo com os esforços em conjunto com o governo estadual nos últimos meses, ainda temos esse insumo energético com preço mais elevado do que o praticado em São Paulo, principal mercado concorrente”, completa Vefago.

“As empresas têm buscado alternativas, investindo em tecnologia e produtividade, mas temos também a preocupação do encarecimento da mão de obra pelo maior custo estrutural e tudo isso nos leva a um cenário cada vez mais difícil de manutenção dos empregos e da competitividade”, expõe o presidente do Sinquisul.

Situação econômica do país

Conforme o diretor de uma das empresas associadas ao Sinquisul, João Batista Borgert, algumas das dificuldades enfrentadas também são reflexo da situação econômica do país. “No Brasil pós-pandemia, alguns segmentos notavelmente tiveram desempenho negativo. O país só teve crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) por conta do agronegócio, do setor de serviços e outros poucos setores industriais”, aponta.

“A indústria da construção civil, na qual nos encaixamos muito e somos participantes, teve recessão e está sofrendo muito; da mesma forma, toda a cadeia produtiva ligada ao setor, como é o caso da cerâmica, que está com 40% dos fornos parados, bem como os colorifícios, que estão na mesma situação”, expõe.

Capacidade ociosa

“Devido à estagnação da construção civil desde outubro de 2022, durante todo o ano de 2023 estivemos com uma capacidade ociosa muito grande. Terminamos o ano com 60% dos fornos desligados, e esse cenário continuou até fevereiro. Neste momento, estamos com 40% da capacidade ociosa”, explica.

Outra dificuldade enfrentada pelo setor refere-se ao encarecimento do crédito oficial. “Durante a pandemia, a taxa Selic estava abaixo de 4% e favorecia o crescimento do segmento. Ao elevar a taxa acima de 14%, dificultou-se a compra de bens imóveis a longo prazo, custeadas por empréstimos”, comenta Borgert,

“Ademais, essa situação favorece o crescimento da economia informal, que dificulta ainda mais a situação das empresas que cumprem com as obrigações fiscais e tributárias, impondo uma disputa desleal e injusta”, acrescenta.

 “Estamos empenhados em preservar os empregos e continuar a investir na região, porém, o aumento dos custos operacionais, superando a inflação, nos obriga a nos ajustar a uma nova realidade. Isso implica em manter o total de despesas, inclusive com recursos humanos dentro de um limite absoluto, o que inevitavelmente resulta na redução do número de empregos”, conclui o presidente do Sinquisul.

Economia

Governo de SC triplica investimento e garante R$ 550 milhões para micro e pequenas empresas

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O Governo de Santa Catarina triplicou o investimento em subsídios a operações de crédito para micro e pequenas empresas em 2024. O salto foi de R$ 11,7 milhões em 2023 para R$ 37,8 milhões no ano passado, um crescimento de aproximadamente 323%.

A iniciativa visa fomentar o empreendedorismo e ampliar a geração de emprego e renda em todas as regiões do estado. O desempenho expressivo foi impulsionado principalmente pelo início das operações do Pronampe SC e do Pronampe Mulher, além do crescimento de 24,3% no número de operações do programa Juro Zero.

Apoio direto ao empreendedor

O governador Jorginho Mello destaca a importância dos pequenos negócios na economia catarinense.
“As pequenas empresas são as que mais geram empregos e precisam de crédito direcionado do poder público. O Governo tem que confiar naquele que empreende, arrisca e gera oportunidades. Santa Catarina é o estado que mais cresce no país porque o catarinense é empreendedor, e esse estímulo dá resultado”, afirmou.

Com os R$ 37,8 milhões em subvenções, o Estado garantiu a oferta de aproximadamente R$ 550 milhões em crédito, destinados a 30 mil micro e pequenos negócios e MEIs.

Nos programas Juro Zero (voltado a MEIs) e Pronampe Mulher (para empresas lideradas por mulheres), o governo subsidia 100% dos juros. Já no Pronampe SC, o Estado cobre até 40% dos juros.

Desenvolvimento econômico e aprovação do setor

O secretário de Estado da Indústria, Comércio e Serviço, Silvio Dreveck, afirmou que a política de valorização do empreendedorismo é um grande acerto do atual governo.

“O número elevado de operações mostra que o empresariado aprovou as medidas. Criador do Pronampe nacional, o governador Jorginho Mello também trouxe esse benefício para Santa Catarina, com excelentes resultados”, avaliou.

Para o diretor-presidente do Badesc, Ari Rabaiolli, o programa tem impacto direto no fortalecimento dos negócios locais.
“Com essa iniciativa, o Governo oferece os recursos financeiros necessários para que os empreendedores mantenham e expandam seus negócios. O Pronampe é, sem dúvida, um dos maiores programas de juros subsidiados da história de Santa Catarina”, pontuou.

Pronampe BRDE 2025: mais R$ 500 milhões em crédito

Em 2025, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) lançou oficialmente a nova edição do Pronampe, disponibilizando mais de R$ 500 milhões em crédito para micro e pequenas empresas.

O programa oferece carência de seis meses e amortização em até 24 meses, com recursos oriundos de instituições financeiras parceiras, captação por meio de títulos e recursos próprios do banco.

Para acessar as linhas do Pronampe BRDE 2025, as empresas precisam atender a ao menos um dos critérios abaixo:

  • Pronampe BRDE Sustentável: aderência aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), com limite de R$ 200 mil;
  • Pronampe BRDE Exportação: participação em programas de exportação ou internacionalização nos últimos 36 meses, com teto de R$ 1 milhão;
  • Pronampe BRDE Inova: inovações comprovadas, registro de patentes ou envolvimento em projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), com limite de R$ 500 mil.

A liberação dos recursos ocorre por meio de instituições de crédito parceiras.

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Economia

Sábado Total terá presença do coelho no comércio de Içara

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Este Sábado será Total com uma programação especial em Içara. O comércio terá horário ampliado até às 16h, sem fechar ao meio-dia. E, além da decoração para a Páscoa Recheada, a Praça da Matriz São Donato – e o comércio no entorno – receberá a visita do coelho a partir das 10h. As crianças que registrarem o momento com uma foto receberão doces da Câmara de Dirigentes Lojistas como lembrança da data.

A campanha Páscoa Recheada ocorre neste ano em parceria com o Sicredi com dois vales-compra no valor de R$ 500 cada. “Para participar, os consumidores devem localizar o QR-Code disponível nas lojas associadas à CDL de Içara e realizar o cadastro. Os vales poderão ser utilizados em qualquer empresa participante da campanha. São duas grandes oportunidades”, reforça uma das coordenadoras da campanha, Zenaide Salvador da Silva.

HORÁRIO – Na próxima semana, o comércio não terá atendimento na Sexta-feira Santa (17 de abril). No dia 18, por vez, acontecerá uma nova edição do Sábado Total com surpresas na Praça da Matriz e o funcionamento até às 16h, sem fechar ao meio-dia.  A iniciativa da CDL com as lojas associadas reforça o calendário de ações voltadas ao fortalecimento do comércio e à valorização das datas comemorativas como oportunidade de aproximação com a comunidade.

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Economia

Varejo brasileiro tem alta de 0,5% em fevereiro e atinge maior patamar da série histórica

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As vendas no comércio varejista do Brasil cresceram 0,5% em fevereiro, na comparação com janeiro, e alcançaram o maior nível desde o início da série histórica da Pesquisa Mensal de Comércio, iniciada em janeiro de 2000. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado representa uma retomada do crescimento após quatro meses seguidos de estabilidade, com variações próximas de zero.

Setores em destaque

Entre as oito atividades pesquisadas, quatro registraram avanço no mês. Os principais destaques foram:

  • Hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo: alta de 1,1%
  • Móveis e eletrodomésticos: aumento de 0,9%

Por outro lado, duas categorias apresentaram as maiores quedas:

  • Livros, jornais, revistas e papelaria: recuo de 7,8%
  • Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação: retração de 3,2%

Desempenho acumulado

No acumulado de 2024, o varejo brasileiro registra alta de 2,3%. Já nos últimos 12 meses, o crescimento é de 3,6%, segundo o IBGE.

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