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Polícia

Sensibilidade na conciliação garantiu fim de ação judicial com um simples pedido de desculpas

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Durante uma sessão de conciliação no Centro Judiciário de Solução de Conflitos Estadual, com sede na capital, um caso peculiar ilustrou o poder transformador das soluções não adversariais. Após quase uma hora de conversa e divergências entre as partes, a conciliadora percebeu que para o autor da ação, mais do que o dinheiro envolvido, era importante o reconhecimento de que ele estava certo. A sensibilidade e a preparação da conciliadora para perceber isso foram fundamentais para ver que a questão patrimonial ali era secundária.

Foi então que ela sugeriu que o caso fosse encerrado com um pedido formal de desculpas pela parte ré, o que foi aceito, com o processo encerrado. O feito foi definido como algo raro, mas que demonstra bem o espírito das audiências de conciliação: entender a importância de ouvir as partes e tentar descobrir o interesse por trás da demanda.

A parte autora, sem advogado, procurou o Juizado Especial Cível da comarca de Garopaba para ressarcimento dos danos materiais advindos de um acidente de trânsito ocorrido no dia 29/09/2023, às margens da BR-101, em Laguna.

Assim que distribuído, os autos foram remetidos ao Cejusc Estadual Catarinense para realização de sessão de conciliação. A unidade judicial foi inserida pela Portaria n. 53 da Corregedoria-Geral da Justiça no programa de cooperação criado pela Resolução GP/CGJ n. 07 de 24 de março de 2023, que dispõe sobre a prestação de serviço em regime de cooperação nas unidades judiciárias do primeiro grau de jurisdição com competência para o Sistema de Juizados Especiais.

O que poderia ter sido apenas mais um processo judicial em trâmite no Poder Judiciário de Santa Catarina, se tornou uma jornada de entendimento e compreensão. A sessão, após mais de 45 minutos de conversa, não apenas encerrou formalmente o processo, mas também restaurou a dignidade e a paz entre as partes envolvidas, de modo que a proposta conciliatória se revelou bem-sucedida. No curso do encontro virtual os danos materiais e pedidos jurídicos formais foram deixados de lado, o que prevaleceu foi o entendimento entre as partes, encerrando o ato com um simples, porém valoroso, pedido de desculpas.

“O desfecho desse caso representa não apenas o encerramento formal de um processo judicial dentre outros tantos milhares, mas a esperança da mudança, da ampliação da utilização dos métodos consensuais de solução de conflitos, em qualquer grau de jurisdição, compromisso da Coordenadoria Estadual do Sistema dos Juizados Especiais e do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Cojepemec). Que a história destes catarinenses inspire outros a buscarem a conciliação como uma resposta não apenas à demanda legal, mas como um meio de construir pontes e cultivar a harmonia para a paz social”, afirma o desembargador Sílvio Dagoberto Orsatto, coordenador do Cojepemec

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Polícia

Homem morre após passar tentar passar por ponte interditada em Siderópolis

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Um homem de 72 anos morreu após ser resgatado pelo Corpo de Bombeiros, em Siderópolis. Vital Coelho tentava atravessar uma ponte interditada. O homem só teria percebido a interdição quando notou que a estrutura estava começando a ceder. O idoso então saiu do veículo, mas acabou despencando de uma altura de sete metros.

De acordo com a equipe de resgate, o acesso ao local onde o idoso estava, próximo a um rio com 60 centímetros de profundidade, exigiu a descida por um barranco bastante elevado. Os bombeiros encontraram o idoso consciente, mas com suspeita de fratura nas costelas e em estado de hipotermia. Ele recebeu os primeiros socorros, incluindo oxigênio, foi imobilizado e levado ao Hospital. A vítima, no entanto, não resistiu aos ferimentos e acabou morrendo horas depois. e

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Polícia

Civil prende cinco envolvidos como Homicídio; arma, droga e dinheiro são apreendidos

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A Divisão de Homicídios (DH/DIC Criciúma) da Polícia Civil deflagrou uma grande operação policial na manhã desta terça-feira (23), resultando em cinco prisões. A ação, que contou com a participação de mais de 50 policiais civis, visava o cumprimento de mandados de prisão e busca e apreensão relacionados ao homicídio de um homem de 37 anos, encontrado morto em fevereiro nas margens de um rio no bairro Paraíso, em Criciúma.

Investigação do homicídio

A investigação do homicídio, iniciada em fevereiro deste ano, aponta que a vítima foi brutalmente espancada pelos autores, sofrendo múltiplos traumatismos que resultaram em sua morte. A motivação do crime ainda está sendo investigada pela Polícia Civil.

Prisões e apreensões

Durante a operação, três pessoas foram detidas por mandados de prisão relacionados ao homicídio. Um homem foi preso em flagrante por posse de arma de fogo de calibre restrito e receptação, e uma mulher foi autuada em flagrante por tráfico de drogas.

Detalhes da operação

A operação foi coordenada pela DIC de Criciúma e contou com o apoio da CORE (Coordenadoria de Operações Policiais Especiais), do SAER (Serviço Aeropolicial), dos NOC (Núcleos de Operações com Cães) e de diversas unidades da Polícia Civil da região.

Os presos foram encaminhados ao Presídio Regional de Criciúma. A Polícia Civil segue investigando o caso e busca identificar todos os envolvidos no crime.

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Polícia

Três mulheres são indiciadas por furto qualificado contra uma rede atacadista de Criciúma

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Três mulheres foram indiciadas pela prática de crime de furto qualificado (Abuso de confiança e concurso de pessoas), por terem subtraído vários produtos de forma reiterada num uma rede de atacado de Criciúma.

Uma das suspeitas atuava como caixa do supermercado enquanto as outras fingiam-se clientes e passavam no caixa sem que os produtos fossem registrados.

A funcionária simulava o registro e entregava às comparsas um cupom para disfarçar o crime.

Após a análise das imagens e da constatação do crime, a polícia identificou as outras duas suspeitas e após os respectivos interrogatórios foram iniciadas. O prejuízo contabilizado até o momento foi de aproximadamente R$ 5.000,00

O prejuízo foi maior, mas alguns produtos não foram precificados, inclusive porque o variava na qualidade e peso para se chegar aos valores (carne).Há ainda uma investigação sobre o mesmo crime perpetrado pela mesma funcionária, mas com concurso de outros dois homens (mesmo modus operandi)

O crime é qualificado em relação à funcionária por conta do abuso de confiança do vínculo empregatício. Um outro furto que causaria grande prejuízo numa indústria química de Criciúma (200 mil reais em fios elétricos -novos), a PCSC agiu rápido e conseguiu recuperar os produtos e identificar os suspeitos.

Em uma semana foram três casos idênticos que agora estão sendo levados ao poder judiciário

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