A Prefeitura de Criciúma promove neste sábado (12), das 9h às 12h, mais uma edição do Balcão de Empregos, na Praça Nereu Ramos. A iniciativa é coordenada pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, por meio da Central de Empregos, e busca aproximar trabalhadores de oportunidades no mercado formal.

Empresas com vagas abertas também poderão participar, cadastrando suas oportunidades diretamente com a equipe da prefeitura.

“O Balcão de Empregos é uma ferramenta estratégica que fortalece nossa economia e reduz a informalidade. Essa ponte direta entre empresas e trabalhadores estimula a geração de renda e movimenta o comércio local”, destaca o prefeito Vagner Espindola.

Vagas disponíveis

Cerca de 50 vagas estarão disponíveis, com oportunidades para Pessoas com Deficiência (PcDs) e funções nos setores hospitalar, supermercadista, confecção e metalúrgico. As vagas contemplam diferentes bairros da cidade e incluem cargos como:

• Auxiliar de padaria
• Operador de loja
• Repositor
• Auxiliar administrativo
• Higienizador
• Técnico de segurança do trabalho
• Operador de empilhadeira
• Auxiliar de expedição
• Técnico em enfermagem
• Farmacêutico
• Recepcionista

Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico, Thiago Rocha Fabris, o evento facilita o acesso ao mercado. “Muitas vagas não exigem experiência, o que é ideal para quem busca o primeiro emprego ou uma recolocação”, observa.

Documentação necessária

Os candidatos devem levar documentos de identificação, CPF e currículo atualizado. As entrevistas serão feitas por profissionais de RH das empresas presentes.

Central de Empregos

A Central de Empregos de Criciúma fica na Galeria do Terminal Central e funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Também é possível acessar as vagas pelo site empregos.criciuma.sc.gov.br. Informações: (48) 3431-0001.

Depois de quatro meses com mais contratações do que demissões, o Sul de Santa Catarina registrou, em maio, o primeiro saldo negativo do ano na geração de empregos formais. De acordo com os dados do Novo Caged, divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, foram 505 desligamentos a mais que admissões na mesorregião durante o mês.

O resultado representa uma desaceleração em relação a abril, quando o saldo foi positivo em 1.471 vagas, e também ao mesmo período de 2024, quando 626 postos de trabalho foram criados.

A retração acompanha uma tendência observada em nível estadual e nacional. No Brasil, foram 148.992 novas vagas em maio, ante 237.377 em abril. Em Santa Catarina, o mês fechou com um saldo positivo tímido de apenas 366 empregos, bem abaixo dos 9.087 registrados em abril e dos 4.926 de maio de 2024.

Saldo no ano continua positivo

Apesar do recuo pontual, o economista Leonardo Alonso Rodrigues destaca que o acumulado de janeiro a maio segue positivo, com a criação de 10.082 vagas formais na região. “Isso sinaliza um desempenho consistente na geração de empregos até o momento”, avalia.

Rodrigues e o também economista Alison Fiuza assinam o Boletim do Emprego Formal, elaborado pela Associação Empresarial de Criciúma (Acic), que traz análises mensais detalhadas e está disponível no site da entidade.

Construção civil lidera retração; serviços puxam alta

O setor que mais perdeu postos em maio foi a construção civil, com 564 vagas a menos. Segundo Fiuza, o desempenho pode estar ligado ao impacto da taxa de juros elevada, que encarece financiamentos e compromete o ritmo de novos projetos. “Ainda assim, a retração não compromete o desempenho anual do setor”, observa.

Na contramão, o setor de serviços foi o único a registrar saldo positivo, com 432 novas vagas. O crescimento foi puxado principalmente por áreas ligadas à saúde e à administração pública.

“Esse movimento pode indicar um menor protagonismo da iniciativa privada neste momento, reflexo de um cenário macroeconômico mais desafiador”, pontua Rodrigues.

Cenário ainda inspira atenção

Os economistas reforçam que os dados de um único mês não são suficientes para apontar uma reversão de tendência. No entanto, sinalizam que o desempenho de maio já pode refletir o ambiente econômico mais incerto, com juros altos, pressões inflacionárias e indefinições fiscais que vêm sendo apontadas como obstáculos ao ritmo de crescimento do emprego formal no país.

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quarta-feira (28) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), mostram que o Brasil gerou 257.812 empregos com carteira assinada no mês de abril, resultado superior às expectativas do mercado, que projetava a criação de cerca de 175 mil vagas. O número é o melhor desempenho para meses de abril desde o início da série histórica do Novo Caged, em 2020.

No período, foram registradas 2.260.439 admissões e 2.002.627 desligamentos em todo o país. Com isso, o saldo de empregos formais no acumulado dos quatro primeiros meses de 2025 chega a 958.425 postos de trabalho.

“Estamos fazendo quase um milagre para manter a economia funcionando e gerar empregos, mesmo com os juros elevados”, comentou o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, ao apresentar os números. Ele voltou a cobrar uma postura mais flexível do Banco Central em relação à taxa básica de juros, a Selic.

Setor de serviços lidera contratações

O setor de serviços foi o principal responsável pelo desempenho positivo, com 136.109 novos postos de trabalho em abril. Dentro desse segmento, destacaram-se as áreas de informação, comunicação, serviços financeiros, imobiliários, profissionais e administrativos, que somaram 52.481 vagas.

Os demais setores também apresentaram saldo positivo:

• Comércio: +48.040 vagas
• Indústria: +35.068 vagas
• Construção: +34.295 vagas
• Agropecuária: +4.025 vagas

O resultado foi positivo em todas as 27 unidades da Federação, com destaque para:

• São Paulo: +72.283 vagas
• Minas Gerais: +29.083 vagas
• Rio de Janeiro: +20.031 vagas

O salário médio de admissão em abril foi de R$ 2.220,74, representando um aumento real de 0,71% em relação a março.

Crédito ao Trabalhador como alternativa à inadimplência

Durante a apresentação dos dados, Luiz Marinho também destacou o programa Crédito ao Trabalhador, que permite o acesso a empréstimos consignados com garantia do FGTS. Segundo o ministro, o objetivo é trocar dívidas caras por alternativas com juros mais baixos, ajudando a população endividada a reorganizar suas finanças.