O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), por meio do CyberGAECO, deflagrou nesta sexta-feira (31/10) a Operação Nuremberg com o objetivo de desmantelar um dos mais organizados e violentos grupos neonazistas em atividade no Brasil.

A operação cumpriu 21 mandados de busca e apreensão expedidos pela Vara Regional de Garantias de Criciúma e pela Vara Estadual das Organizações Criminosas.

Extremismo e Planejamento de Violência

O grupo é investigado por promover discursos de ódio, antissemitismo, apologia ao nazismo e por planejar atos violentos em diferentes regiões do país.

As buscas foram realizadas simultaneamente em quatro estados – Santa Catarina, São Paulo, Paraná e Sergipe – e incluíram a cidade de Cocal do Sul/SC e Jaraguá do Sul/SC.

Materiais apreendidos:

• Diversos materiais de apologia ao nazismo.
• Armas brancas, facas e “soco inglês”.

Estrutura Hierarquizada e Símbolo de Violência

As investigações revelaram que o grupo se autodenomina skinhead neonazista e utiliza como símbolo o “Sol Negro” (emblema associado à supremacia ariana) com a figura de um fuzil AK-47 ao centro, que representa a exaltação da violência.

O GAECO identificou que a organização possuía uma estrutura hierarquizada, com:

• Encontros presenciais para recrutamento e planejamento de confrontos.
• Fichas de ingresso e cobrança de mensalidades dos membros “batizados”.
• Realização de cerimônias de “batismo”, um ritual de iniciação para fortalecer os laços ideológicos.

O Ministério Público de Santa Catarina reafirma o compromisso com a defesa da sociedade, declarando que discursos de ódio e incitação à violência não serão tolerados. O nome da operação é uma alusão aos Julgamentos de Nuremberg, que responsabilizaram indivíduos por crimes de ódio e extremismo após a Segunda Guerra Mundial.

A Polícia Civil de Morro da Fumaça prendeu em flagrante, na tarde desta quinta-feira (30), um homem e uma mulher suspeitos pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico. A ação contou com o apoio da Polícia Militar.

A equipe de investigação realizava diligências quando flagrou o momento exato em que os suspeitos se preparavam para sair e realizar uma entrega de entorpecentes.

Materiais Apreendidos e Suspeitos Reincidentes

Durante a abordagem e prisão, foram apreendidos:

• Porções de maconha, cocaína e crack.
• Materiais relacionados à comercialização de drogas.
• Dinheiro em espécie.

A Polícia Civil destacou que o suspeito masculino possuía um mandado de prisão em aberto pelos mesmos crimes. A suspeita feminina também ostenta antecedentes por delitos análogos.

É importante ressaltar que os presos foram indiciados recentemente na mesma Delegacia de Polícia pelos crimes de tráfico e associação. Após os procedimentos, ambos foram autuados em flagrante e encaminhados ao sistema prisional, onde permanecem à disposição da Justiça.

Um professor de Educação Física que atuava nas redes estadual e municipal de Jaguaruna, no Sul catarinense, foi afastado de suas funções a pedido do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), após investigação da Polícia Civil.

O professor é apontado por assédio e importunação sexual contra adolescentes de 14 e 15 anos, com casos relatados entre 2024 e agosto de 2025, além de situações semelhantes em 2021. A decisão judicial, expedida em 22 de outubro, atendeu a um requerimento da Promotora de Justiça Raísa Carvalho Simões Rollin.

Toques e Comentários Constrangedores nas Aulas

As denúncias apontam que o professor, durante aulas e medições físicas, teria tocado o rosto, cabelo, costas, cintura e nádegas de alunas. Ele também teria feito comentários inapropriados sobre os corpos das adolescentes, como “cinturinha de boneca”.

As vítimas relataram constrangimento, crises de ansiedade e passaram a evitar as aulas para não se expor.

Medidas Cautelares e Proibição de Contato

O MPSC solicitou medidas cautelares mais amplas, que foram acatadas pela Justiça. O professor está proibido de entrar nas escolas onde lecionava e de ter qualquer contato com vítimas e testemunhas, incluindo redes sociais, aplicativos ou terceiros, além de ter que manter uma distância mínima de 300 metros.

O MPSC considerou o afastamento necessário, pois o professor atuava em duas escolas do mesmo município, o que poderia comprometer a coleta de provas e facilitar a influência sobre vítimas e colegas. O descumprimento dessas medidas pode levar à decretação de prisão preventiva.

• Como denunciar: Casos de assédio sexual podem ser denunciados de forma sigilosa na Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI), pelo Disque 100 (Direitos Humanos) ou Ligue 180 (Central de Atendimento à Mulher).