Economia
Assinatura de Protocolo de Transição Energética marca evento de fim de ano do setor carbonífero
Assinatura é uma parceria do Governo do Estado de Santa Catarina, através da Secretaria de Meio Ambiente e Economia Verde com a Satc
A assinatura do Protocolo de Intenções da Transição Energética em Santa Catarina marcou o almoço de fim de ano do Sindicato da Indústria de Extração de Carvão do Estado de Santa Catarina (Siecesc). Contando com a participação de deputados estaduais e federais do Sul do Estado e diretores das empresas que formam a cadeia produtiva do carvão mineral, o evento teve como objetivo o agradecimento pelo empenho em prol da indústria ao longo do ano, encerrando com o primeiro passo para a Transição Energética Justa.
“Para o setor carbonífero foi extremamente importante a criação da lei em 2022 e agora a execução, porque esse termo significa o pontapé inicial. Um plano de trabalho que é extremamente estratégico. Nós, como setor, já viemos nos preocupando com isso há muitos anos. Desde 2006 já trabalhamos todas as questões de mudança de tecnologia e o diferencial é que agora o governo está linkado com a sociedade para que o projeto possa ocorrer da melhor forma possível. Não uma transição injusta, mas uma transição justa e que esteja de acordo com todas as necessidades de todas as partes”, afirmou a presidente do Siecesc, Astrid Barato.
O Protocolo de Intenções é uma parceria do Governo do Estado de Santa Catarina, através da Secretária de Meio Ambiente e Economia Verde com a Satc. “Essa será uma caminhada importante para o desenvolvimento do Sul de Santa Catarina. Esse é o primeiro passo de um programa que visa manter a região com pleno emprego, com uma indústria pujante e um processo mais sustentável”, ressaltou o diretor executivo da Satc, Fernando Luiz Zancan.
A partir de agora ambas as partes começam a traçar um plano de trabalho, construir os objetivos e como será a contratação para a construção do plano de transição energética justa de Santa Catarina. “Nós precisamos ter essa troca de informações com o setor produtivo para saber o que nós temos hoje de dados relativos à cadeia do carvão, como nós vamos construir as etapas para a execução do plano de transição energética. Isso envolve uma série de dados, de informações, de diálogos. Existe dentro desse plano um grande trabalho de diálogo com a sociedade para captar as informações e os anseios”, explicou o secretário adjunto de Meio Ambiente e Economia Verde, Guilherme Dallacosta.
Transição Justa e com uma indústria engajada
A transição energética envolve uma mudança na cadeia produtiva do carvão e que engloba aproximadamente 21 mil empregos diretos e indiretos. “Estamos atentos, pensando nas pessoas, na região e no meio ambiente. O carvão mineral foi o maior responsável pelo desenvolvimento do Sul do estado e ainda tem papel fundamental na nossa economia. Por toda essa cadeia de empregos e energia não podemos desligar e deixar todos sem a atividade. Vamos fazer isso a médio e longo prazo. Desenvolver novos negócios voltados ao baixo consumo de carbono. Pensar num plano de desenvolvimento econômico que caminhe junto com a transição”, exemplificou o secretário de Estado do Meio Ambiente e da Economia Verde, Ricardo Guidi.
Ainda assinaram o Protocolo de Intenções o presidente do Conselho da Diamante Geração de Energia, Jorge Nemr; o diretor-presidente da Ferrovia Tereza Cristina, Benoni Schmitz; o presidente da Associação Empresarial de Criciúma (Acic), Valcir José Zanette e o presidente da Federação dos Mineiros do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina (Fetiec), Genoir dos Santos, o Foquinha.
Economia
Clima, dólar e preço da carne explicam inflação acima da meta em 2024
Aumento no preço dos alimentos, notadamente das carnes, impactos do clima e a desvalorização do real ante o dólar são os principais fatores que explicam a inflação oficial de 2024 ter ficado acima do limite máximo da meta estipulada pelo governo.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (10) que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o ano em 4,83%, superando o teto da meta e inflação, de 4,5%.
Para apurar o índice, o IBGE colhe dados de 377 produtos e serviços, os chamados subitens, que são distribuídos em nove grupos. A maior pressão de alta de preços em 2024 veio do grupo alimentos e bebidas, que subiu 7,69%, o que representa um impacto de 1,63 pontos percentuais (p.p.) no IPCA.
Essa alta é a maior desde 2022, quando ficou em 11,64%. À época, a explicação foi o efeito de fenômenos climáticos, como o La Niña (resfriamento das águas superficiais de partes central e leste do Pacífico Equatorial e de mudanças na circulação atmosférica tropical, impactando temperatura e chuva em várias partes do globo) e reflexos da pandemia nas cadeias de produção. Em 2023, alimentos e bebidas subiram 1,03%.
Carnes
Ao analisar o comportamento dos produtos pesquisados, o IBGE identifica que a maior pressão de alta veio do item carnes. Em 2024, os cortes ficaram 20,84% mais caros, o que representa peso de 0,52 p.p. É o maior aumento desde 2019, quando subiram (32,4%). Em 2023, o preço das carnes recuou 9,37%.
Esse encarecimento final de 2024 contrasta com o comportamento dos preços no começo do ano, que caíram. Mas o repique de setembro a dezembro (+23,88%) foi suficiente para o ano fechar com alta.
“Essa queda do primeiro semestre foi mais que compensada pelas altas”, define o analista do IBGE André Almeida. Ele explica que há efeito direto de questões climáticas no comportamento do preço do alimento que vai ao prato do brasileiro.
“A gente teve uma forte estiagem, ondas de calor, seca em diversas regiões do país, o que intensificou os efeitos da entressafra, quando as pastagens ficaram ainda mais restritas”, diz.
“A gente teve, por conta do próprio ciclo da pecuária, um menor volume de animais para abates, o que reduz a oferta do produto para o consumidor final e acaba pressionando os preços”, completa a explicação.
Ao analisar especificamente produtos alimentícios, o IBGE identificou que as principais altas dentro do item carnes foram o contrafilé (20,06%), carne de porco (20,06%), alcatra (21,13%) e costela (21,33%). Esses subitens só perdem para o café moído (39,60%) e o óleo de soja (29,21%). Mesmo assim, as carnes influenciam mais o IPCA, pois têm maior peso na cesta de produtos do brasileiro, segundo metodologia do IBGE.
“A influência do clima está muito ligada à produção dos alimentos. Se chove muito ou fica muito seco, isso tudo compromete a produção”, aponta o gerente da pesquisa, Fernando Gonçalves.
Ao observar também os produtos não alimentícios, a gasolina – dona do maior peso na cesta de produtos pesquisada – subiu 9,71%, representando o impacto mais acentuado em todo o IPCA (representando 0,48 p.p.).
Câmbio
Almeida acrescenta que outro fator ajuda a explicar o IPCA fora da meta de 2024: o câmbio. Em 2024, o real viu o dólar subir 27% em 12 meses, terminando o ano negociado a R$ 6,18.
“O câmbio é um dos fatores que influenciam no comportamento dos preços de diversos produtos, desde alimentícios, com a questão da cotação de algumas commodities alimentícias em dólar” detalha ele, se referindo a mercadorias negociadas com preços internacionais.
O analista acrescenta que o real desvalorizado faz com que produtores prefiram destinar parte da produção para o exterior, uma vez que receberão as receitas em dólar valorizado. “Isso restringe oferta interna”, diz.
Almeida lembra ainda que o câmbio influencia o custo de produtos que possuem componentes importados. “Existem diversos mecanismos pelos quais o câmbio pode influenciar na inflação”, ressalta.
Ao longo de 2024, o país teve 11 meses com inflação positiva e um com deflação (queda de preços). Foi em agosto (-0,02%), influenciado pelo recuo na conta de luz e alívio dos alimentos no bolso. O maior resultado mensal foi em fevereiro (0,83%), puxado pela educação, por causa do reajuste de mensalidades.
Economia
IPTU 2025: Criciúma disponibiliza guias para pagamento do imposto em cota única ou parcelado
Carnês podem ser emitidos pela internet ou em pontos presenciais até o dia 28 de fevereiro, a partir desta sexta-feira (10)
Os contribuintes de Criciúma podem consultar as guias para o pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) de 2025 a partir desta sexta-feira (10). O vencimento da cota única ou da primeira parcela será dia 28 de fevereiro. Os carnês podem ser emitidos pela internet, por meio do site iptu.criciuma.sc.gov.br, ou retirados no setor de Arrecadação Tributária no Paço Municipal Marcos Rovaris, no Procon, Cartórios e Tabelionatos e nas intendências (Rio Maina, Santa Luzia e Quarta Linha).
O imposto pode ser parcelado em até 10 vezes, com parcela mínima de R$ 150, sem acréscimos, com vencimento da última parcela em 28 de novembro de 2025. Guias com valor inferior à R$ 300 devem ser quitadas em cota única. De acordo com a secretária municipal da Fazenda, Marluci Freitas Bitencourt Vitali, Criciúma possui mais de 178 mil unidades cadastradas. Dessas, aproximadamente 154 mil são prediais e 23 mil territoriais.
Ao todo, foram lançados 117.113 carnês, sendo 3.671 isentos. “O número de carnês é menor que o de imóveis ativos pois existem cadastros englobados, como apartamento com box de garagem. Neste ano, o valor total a ser cobrado pelo município é de R$ 63,5 milhões de IPTU”, ressaltou a secretária.
Pedido de isenção
O pedido de isenção do IPTU de 2025 também deve ser solicitado até o dia 28 de fevereiro (data de vencimento da cota única), diretamente no setor de Arrecadação Tributária da Prefeitura de Criciúma. Tem direito ao benefício de isenção: aposentados e pensionistas, pessoas de baixa renda ou inscritas no Bolsa Família, área da preservação ambiental e imóvel locado a igrejas ou templos de qualquer culto, além de imóveis que funcionem como sede de instituições de assistência às pessoas portadoras de doenças graves.
O benefício é concedido pelo município aos contribuintes, desde que se enquadrem nos requisitos e prazos que constam na Lei Complementar Municipal n° 287/2018 e na Lei Complementar n° 305/2018. As informações e a lista de documentos que os contribuintes deverão apresentar estão disponíveis no site iptu.criciuma.sc.gov.br.
Taxa de Coleta de Lixo
Em 2025, a Prefeitura de Criciúma permanecerá com a cobrança da Taxa de Lixo nas faturas da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan). O pagamento é parcelado em 12 vezes, desde que o cadastro imobiliário e o hidrômetro sejam correspondentes entre si. Para o contribuinte que solicitou a guia até o dia 1º de dezembro de 2024, a taxa será cobrada junto ao IPTU.
Os valores e a forma de cálculo da taxa não foram alterados, sofrendo apenas o reajuste da inflação do período (INPC 4,84%). Para consultar as taxas, o cidadão pode acessar o site criciuma.sc.gov.br/site/coletadelixo.
Comércio
Vendas do comércio de Santa Catarina crescem 6,9% e ficam acima da média nacional
O comércio varejista de Santa Catarina registrou crescimento no volume de vendas de 6,9% em novembro em relação ao mesmo período de 2023. O percentual ficou acima da média nacional, que somou alta de 4,7% na mesma comparação. Os dados são do IBGE e foram divulgados nesta quinta-feira, 9, por meio da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC).
Além disso, em novembro de 2024 Santa Catarina teve elevação de vendas em nove de 11 segmentos do comércio pesquisados. Os melhores desempenhos foram na área de artigos farmacêuticos, perfumaria e cosméticos, com elevação de 11,2%, seguida dos supermercados e hipermercados, com alta de 10,2%. Também se destacaram as vendas de combustíveis e lubrificantes (5,8%) e de móveis e eletrodomésticos (4,9%).
O governador Jorginho Mello destacou o bom momento do empreendedorismo no estado. “Estamos otimistas com o futuro da economia de Santa Catarina porque os indicadores mostram a confiança no estado, com alta na geração de emprego e atração de investimentos privados. Em 2024 a gente bateu recorde de empresas abertas e muitas delas no setor do comércio e micro e pequenos negócios, o que alavanca o nosso empreendedorismo”, afirmou.
No ranking nacional de novembro, Santa Catarina ocupa a 11ª colocação, atrás principalmente de estados com base de comparação mais baixa. No entanto, o desempenho catarinense de 6,9% no período ficou à frente de estados como São Paulo (4,5%), Paraná (3,6%), Minas Gerais (1,9%) e Rio de Janeiro (0%).
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