Economia
Dívidas de famílias atingem maior nível desde novembro de 2022: 78,8%
O percentual de famílias endividadas no Brasil subiu pelo terceiro mês consecutivo e atingiu 78,8% em maio deste ano. Em abril, a taxa era de 78,5%, enquanto que, em maio de 2023, a proporção de endividados era de 78,3%. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Com o resultado de maio, divulgado hoje (10) no Rio de Janeiro pela CNC, o percentual de famílias com dívidas no país atingiu o maior patamar desde novembro de 2022. A pesquisa considera endividados aqueles que possuem qualquer dívida, ainda que ela não esteja em atraso, como, por exemplo, compras no cartão de crédito ou financiamentos.
Para a CNC, o dado mostra que as famílias continuam aumentando sua demanda por crédito, aproveitando o menor custo com os juros. A meta da taxa básica de juros (Selic) vem caindo a cada reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), desde agosto do ano passado (quando recuou de 13,75% para 13,25%). Atualmente, está em 10,50%.
O percentual de famílias que se consideram muito endividadas chegou a 17,8% em maio último, acima dos 17,2% de abril.
Já as pessoas com dívidas ou contas em atraso são consideradas inadimplentes. O percentual de inadimplência entre as famílias brasileiras ficou em 28,6% em maio deste ano, o mesmo nível de abril, mas abaixo dos 29,1% de maio do ano passado.
Entre o total de famílias, aquelas que não terão condições de pagar suas dívidas, o percentual ficou em 12% em maio, abaixo dos 12,1% do mês anterior, mas acima dos 11,8% de maio de 2023.
Dívidas
Entre os fatores de endividamento das famílias destacam-se o cartão de crédito, (86,9% dos casos), os carnês (16,2%) e o crédito pessoal (9,8%). Um dos destaques positivos foi o cheque especial, que estava presente nas dívidas de apenas 3,9% das famílias, o menor percentual desde o início da pesquisa em 2010.
A previsão da CNC é que o percentual de endividados siga crescendo até dezembro, quando deverá atingir a parcela de 80,4%.
Economia
Criciúma lidera geração de empregos na região da Amrec e se destaca no estado
Criciúma se consolidou em outubro como a cidade com maior geração de empregos da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec) e a 10ª colocada no estado de Santa Catarina. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, no acumulado, foram admitidos 4.150 trabalhadores, resultando em um saldo positivo de 259 novos postos formais de trabalho no município.
Os números destacam o desempenho econômico de Criciúma, que tem se mantido como referência no mercado de trabalho da região. O setor de serviços, o comércio e a construção civil foram os principais responsáveis pelos resultados positivos, impulsionados pelo aquecimento da economia local e pela retomada de investimentos públicos e privados.
“Esses números refletem a força da nossa economia e o compromisso do governo em criar condições que favoreçam o crescimento das empresas e a geração de empregos. Não se trata apenas de estratégias administrativas, mas de um trabalho constante para atrair investimentos, apoiar empreendedores e garantir que trabalhadores tenham mais oportunidades. É assim que construímos uma Criciúma mais próspera e com mais qualidade de vida para todos”, frisou o prefeito Clésio Salvaro.
Criciúma também celebra o reconhecimento estadual, ocupando a 10ª posição entre os municípios catarinenses na geração de empregos. O diretor municipal de Desenvolvimento Econômico, Tecnologia e Inovação, Aldinei Potelecki, ressaltou o papel estratégico de iniciativas como o incentivo ao empreendedorismo e a qualificação profissional. “A cidade tem investido na capacitação da mão de obra e no fortalecimento das micro e pequenas empresas, que são a base da nossa economia. Esses esforços têm refletido diretamente nos resultados do CAGED”, destacou.
Economia
Credisol celebra 25 anos de estímulo ao microempreendedorismo no Brasil
Criada com o propósito de contribuir para o apoio a microempreendedores individuais, formais e informais, a Credisol chega aos 25 anos em dezembro de 2024. A data foi comemorada pela instituição nesta sexta-feira (29), com colaboradores diretos, franqueados e parceiros, em um evento no Centro de Eventos Rhóis, em Içara. A celebração contou com homenagens por tempo de casa e premiações por desempenho nos últimos 12 meses.
A organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP), com foco em microcrédito produtivo, foi fundada em Criciúma por iniciativa do Badesc e com apoio técnico do Sebrae, envolvendo diversas entidades locais que passaram a compor seus conselhos diretor e fiscal. Ao longo de sua história, a instituição expandiu sua atuação do Sul de Santa Catarina para alcançar os atuais 550 municípios, distribuídos em 15 estados brasileiros.
Ao longo das duas décadas e meia de história, a Credisol realizou 111 mil operações de microcrédito, totalizando R$ 666 milhões em investimentos no desenvolvimento de pequenos negócios. A instituição não tem fins lucrativos, e todos os resultados financeiros são utilizados para reinvestir na própria operação, proporcionando oportunidades a mais microempreendedores, destacou o diretor executivo da Credisol, Júlio César Burigo.
“Essas conquistas se dão em razão de um forte trabalho coletivo protagonizado pelos agentes de crédito, que atuam diretamente na qualificação e orientação dos clientes sobre o uso dos recursos. Para atingirmos nossos objetivos, contamos com uma equipe muito competente de 293 colaboradores diretos e terceirizados, além de investimentos em tecnologia que temos realizado nos últimos anos, mas sem perder a proximidade com o cliente”, enalteceu.
Com o propósito de contribuir para o desenvolvimento econômico e social dos microempreendedores e a geração de emprego e renda, a instituição também mantém um forte viés ligado à educação empreendedora, enfatizou o presidente da Credisol, Luiz José Damázio.
“Essa atuação se fortalece com o apoio à formação profissional de diversas pessoas, oferecendo a elas uma oportunidade de cidadania”, afirmou, mencionando os patrocínios a cursos realizados na Abadeus, no Bairro da Juventude e na Unesc, bem como o foco social no projeto de confecção de fraldas geriátricas da Cruz Vermelha, em Criciúma.
Homenagens, premiações e novidades
A solenidade festiva foi marcada ainda por dois atos relacionados à valorização da história e das equipes. Três colaboradoras foram homenageadas por completarem 20 anos de trabalho na instituição em 2024. A Credisol também realizou a premiação anual para os agentes de crédito e assistentes com melhor desempenho nos últimos 12 meses, dividida nas categorias colaboradores diretos e franquias.
Durante o encontro, foi anunciada a confecção de um livro sobre a história do microcrédito no Brasil, com menção à trajetória da própria Credisol. A obra está sendo escrita pelo jornalista e escritor Carlos Stegemann. Além disso, um documentário está em produção pelo jornalista Nei Manique. Ambos os conteúdos têm o objetivo de valorizar as histórias transformadas pelo microcrédito.
“Nos últimos meses, conversamos com muitos pequenos empreendedores pelo Brasil, além dos agentes de crédito que fazem essa roda girar. Tenho vivenciado uma economia brasileira que muitas vezes fica oculta da grande mídia. Um movimento que pulsa”, relatou Stegemann.
Economia
Definida empresa que irá fazer a gestão do Aeroporto de Jaguaruna
O Aeroporto Regional Sul Humberto Ghizzo Bortoluzzi, em Jaguaruna, será administrado pelo Consórcio Aeroportuário Regional Sul pelos próximos 30 anos. A concessão foi definida em um leilão realizado na manhã desta quinta-feira (28), na sede da B3, em São Paulo, marcando a primeira Parceria Público-Privada (PPP) do Governo de Santa Catarina.
O consórcio, formado pelas empresas RDL e Planaterra, será responsável pela manutenção, ampliação e modernização do aeroporto, com investimentos que podem ultrapassar R$ 75 milhões ao longo do período. Esse montante contempla um aporte inicial, contraprestações anuais e possíveis ampliações, como o alargamento da pista.
“O Aeroporto de Jaguaruna será transformado em um modelo de eficiência no atendimento aos passageiros, com mais opções de voos, conforto e segurança. Que seja a primeira de muitas PPPs em Santa Catarina”, celebrou o governador Jorginho Mello (PL) ao anunciar o resultado do leilão.
Modelo de PPP e investimentos do Estado
Na modalidade de PPP patrocinada, o Estado terá participação limitada a R$ 2.020.000,00, liberados conforme os investimentos forem realizados. A proposta vencedora assegurou uma contraprestação mensal de R$ 13.250,00, com um deságio de 80% em relação aos aportes estaduais.
Aumento no fluxo de passageiros
Atualmente, o aeroporto movimenta cerca de 11 mil passageiros por mês, totalizando 133 mil em 2023. Com a concessão, a expectativa é de um crescimento para 188 mil passageiros anuais em média.
Para o secretário de Portos, Aeroportos e Ferrovias, Ivan Amaral, o contrato simboliza um novo marco no desenvolvimento catarinense. “O Aeroporto de Jaguaruna irá impulsionar o crescimento da região Sul e poderá ser referência para outros projetos similares no estado”, afirmou.
O senador Beto Martins também destacou a relevância do modelo. “Essa concessão pioneira é essencial para dinamizar a infraestrutura aérea e oferecer a agilidade que a região Sul necessita.”
O consórcio deverá transformar o aeroporto em um polo regional estratégico, ampliando sua capacidade de atendimento e conectividade com outras regiões do país.
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