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Política

STF suspende votação da descriminalização do porte de maconha

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Com cinco votos a favor e três contrários, a votação da descriminalização do porte de maconha para uso pessoal é paralisada mais uma vez no Supremo Tribunal Federal.

A corte retomou, nesta quarta-feira (6), o julgamento da ação. Com os votos dos ministros André Mendonça e Nunes Marques, a votação passou a ser de cinco votos para não criminalizar o porte para o uso pessoal e três votos para a criminalização.

A votação foi interrompida pelo pedido de vistas do ministro Dias Toffoli. Pelas regras do STF, o ministro que pediu vistas tem que devolver o processo em até 90 dias para que possa voltar para discussão em plenário.

O presidente da corte, Luís Roberto Barroso, abriu os debates explicando, mais uma vez, que a discussão do Supremo não é pela legalização das drogas. A corte apenas analisa as punições para quem porta a maconha para o uso pessoal, que é considerado crime pela lei aprovada em 2006 pelo Congresso.

“A legislação brasileira não prevê pena de prisão para usuário de drogas. Legislação aprovada pelo Congresso, sancionada pelo presidente da República e em vigor. Não se trata, portanto, de legalização. O consumo de drogas ilícitas no Brasil continuará a ser ilegal. As drogas não estão sendo e nem serão liberadas no país pelo Supremo Tribunal Federal”, argumentou Barroso. 

André Mendonça discordou da tendência que está se formando pela descriminalização. O ministro abordou questões sobre o abuso do consumo da maconha e questionou como se daria o procedimento administrativo no caso da não criminalização do porte para uso pessoal.

“A questão da descriminalização, que é o que nós estamos tratando, é uma tarefa do legislador. Nós vamos jogar para um ilícito administrativo? Qual autoridade administrativa? Não é pra conduzir para a delegacia. Quem que vai conduzir quem? Pra onde? Quem vai aplicar pena? Ainda que seja uma medida restritiva. Quem? Na prática, nós estamos liberando o uso”, rebateu Mendonça. 

A posição pela criminalização foi acompanhado por Nunes Marques. Faltam ainda os votos de Carmen Lúcia, Dias Toffoli e Luiz Fux.

Até o momento, a maioria avalia a descriminalização apenas para maconha, que é o caso concreto em julgamento. A legislação já deixou de prever a pena de prisão em caso de porte para uso pessoal, mas manteve a criminalização. Assim usuários ainda são alvo de inquérito policial e processos judiciais. Mas o problema é a definição de quem é usuário ou quem está traficando a droga.

Os ministros ainda vão definir a quantidade da erva que seria considerada como uso pessoal. A divergência está entre 10 e 60 gramas da planta.

O caso que motivou o julgamento foi a prisão de um homem condenado pelo porte de três gramas de maconha. A defesa dele pede que a situação deixe de ser considerada crime e tenha somente penas administrativas. A decisão do STF terá repercussão geral e deverá ser seguida por toda as instâncias da justiça.

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Construção da Praça da Vila São Jorge inicia em Siderópolis

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Esta semana iniciaram os trabalhos para a construção da Praça da comunidade da Vila São Jorge. Nesta quarta-feira (24/04), máquinas da Prefeitura de Siderópolis realizaram a limpeza do terreno. A empresa responsável pelos serviços de engenharia, a Consoni Construções, já realizou medições na terça-feira (23/04) e hoje está fazendo a colocação de tapumes para segurança e isolamento da área.

A obra está sendo realizada por meio de emenda parlamentar do senador Espiridião Amin, no valor de R$ 600 mil, R$ 300 mil da deputada Geovania de Sá, R$ 800 mil da deputada federal Angela Amin, além de recursos próprios do município no valor de R$ 120 mil, ultrapassando os R$ 1,82 milhão de investimento total. A parte elétrica será executada pela empresa DKR.

“Esta obra é projetada para oferecer lazer e bem-estar à população. Será um importante ponto de encontro, fortalecendo os laços entre as comunidades e promovendo um estilo de vida saudável e ativo. Será mais uma grande obra que entregaremos aos moradores”, mencionou o prefeito de Siderópolis, Franqui Salvaro.

A Praça contará com uma variedade de atrativos, incluindo mini campo de vôlei de areia, quadra de futebol de areia, pista de skate ramp e street, parque infantil, passeio público e estacionamento. O prazo para término da obra é de aproximadamente oito meses.

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Política

Concurso da PMSC: Estado está autorizado a dar andamento ao edital

Decisão do STF ocorreu durante julgamento no plenário virtual, encerrado nesta sexta-feira

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Estado pode continuar com o edital publicado em 2023 para a ampliação dos quadros da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC). A decisão foi tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que encerrou nesta sexta-feira, 19, o julgamento em plenário virtual da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIn) 7481, iniciado no último dia 12. Os 11 ministros foram favoráveis de modo expresso aos argumentos apresentados pela Procuradoria-Geral do Estado (PGE/SC).

A primeira a se manifestar foi a relatora do processo, ministra Cármen Lúcia, que aceitou a proposta apresentada pelo governador do Estado, Jorginho Mello, por meio da PGE/SC. O chefe do Executivo propôs cancelar a divisão de vagas por gênero prevista em edital e unificar a listagem final classificatória, garantindo, ainda assim, o mínimo de 10% para mulheres como previsto na Lei Complementar 587/2013 com a redação da Lei Complementar 704/2017.

No voto, a ministra afirmou que “considerando a proposta do governador de Santa Catarina e a necessidade de preenchimento dos cargos, conclui-se pela possibilidade de dar-se prosseguimento ao concurso com a vedação de ser adotada qualquer interpretação que possibilite restrição de gênero na concorrência para a totalidade de vagas”. Ela foi acompanhada expressamente pelos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Edson Fachin, Nunes Marques, Luiz Fux e Luis Roberto Barroso.

Ao liberar a continuidade do concurso, a ministra também destacou que as normas questionadas na ADIn, ao destinarem 10% das vagas de concurso público estadual a candidatas do sexo feminino, “buscaram democratizar o acesso ao serviço público, fomentando a presença feminina nas carreiras militares estaduais. Trata-se de verdadeira ação afirmativa”, disse Cármen Lúcia. Por essa razão, “o que se questiona não é a constitucionalidade das normas impugnadas em seu texto, mas a interpretação que possa limitar a participação feminina nos certames ao percentual posto na legislação, em claro descompasso constitucional e ofensa ao princípio da igualdade em sua perspectiva de gênero. (…) Na espécie, é necessário conferir interpretação conforme à Constituição às normas impugnadas, para afastar qualquer interpretação que implique na restrição da aprovação de candidatas mulheres em concurso público ao patamar mínimo estabelecido pelas leis estaduais questionadas”, concluiu.

O concurso para o preenchimento de cargos da PMSC, cujo edital havia sido publicado em 2023, havia sido paralisado em janeiro deste ano por conta de uma liminar da própria relatora, motivada por uma manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR). Desde então, a PGE/SC demonstrou aos ministros, em diversas ocasiões – nos autos e em audiências realizadas em Brasília – a importância de se liberar a continuidade dos trabalhos. Além de o Estado já ter investido mais de R$ 4 milhões para a realização do concurso, o efetivo da PMSC precisa ser reposto a fim de que os serviços essenciais que a corporação presta à população não sejam prejudicados.

Atuaram neste caso, além do procurador-geral do Estado, Márcio Vicari, os procuradores do Estado André Emiliano Uba e Daniel Rodriguez Teodoro da Silva – este lotado na Procuradoria Especial de Brasília da PGE/SC.

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Capacita 11 chega ao Sul reunindo Progressistas de Araranguá e Tubarão

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A cidade de Araranguá recebe a caravana do partido nesta sexta (19), a partir das 18h, no Center Shopping Araranguá. No sábado (20), será a vez de Tubarão, com encontro às 08h, no Espaço Kasa e Festa, no bairro São Cristóvão.

O evento que é promovido pela executiva estadual do partido, em parceria com a Fundação Francisco Dornelles (antiga Fundação Milton Campos), tem se destacado como uma iniciativa de grande relevância para o cenário político catarinense, preparando filiados e pré-candidatos para os desafios das eleições de 2024.

Entre os palestrantes estão os advogados Alessandro Abreu e Luiz Magno, que falarão sobre legislação eleitoral. O palestrante Fabrício Moser, que vai abordar a mobilização política, e Fred Perrilo, com o tema marketing político digital e de influência.

O presidente do Progressistas, Leodegar Tiscoski, ressaltou a importância desses eventos para o fortalecimento do partido e para a preparação dos filiados e pré-candidatos para os desafios eleitorais. Segundo Tiscoski, “O Capacita 11 representa um marco na trajetória do Progressistas em Santa Catarina, proporcionando uma oportunidade única para nossos filiados e pré-candidatos se capacitarem e se prepararem da melhor forma para as eleições. Estamos comprometidos em oferecer todo o suporte necessário para que possam alcançar o sucesso nas urnas e representar verdadeiramente os interesses da população.”

O Capacita 11 já foi realizado em Joinville, Itajaí e Jaraguá do Sul A cidade de Criciúma está na programação dos eventos, assim como outras regiões que logo terão as datas divulgadas.

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