Geral
Comitê Araranguá e Afluentes do Mampituba clama mais atenção em prol das Lagoas do Sombrio e Caverá
Com extensão que percorre sete cidades, as Lagoas do Sombrio e Caverá necessitam de atenção. Visando discutir soluções para os problemas que vêm sendo enfrentados naquele complexo lagunar, o Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá e Afluentes do Mampituba, juntamente com a Fundação Ambiental do Município de Araranguá (FAMA), promoveu um importante evento na tarde dessa terça-feira, dia 28, no campus da Unesc, em Araranguá.
Voltado para prefeitos, vereadores, deputados e representantes do poder público das cidades que circundam esses mananciais, o encontro não só alertou sobre a atual situação dos cursos d’água, como também possibilitou uma visita a campo, na Lagoa do Caverá. “Esta é uma continuidade das nossas mobilizações acerca do Complexo Lagunar, que estamos trabalhando desde o ano passado”, explica a presidente do Comitê Araranguá e Afluentes do Mampituba, Eliandra Gomes Marques.
Lagoa do Caverá
Nos últimos 30 anos, segundo o biólogo e diretor Operacional da FAMA, João Rosado, a Lagoa do Caverá já perdeu 50% de seu espelho d’água. O fato se torna ainda mais grave porque ela contribui para o abastecimento da Lagoa do Sombrio. Dessa forma, o evento serviu como um meio de sensibilizar a comunidade e as autoridades para que possam atuar em favor da mitigação desse problema.
“Por mais que estejamos sofrendo com esses extremos de excesso de chuva, podemos vir a sofrer com a escassez de água. Ou seja, perderíamos mananciais essenciais para a região, impactando a vida de centenas de pessoas. Temos que nos preocupar, dar mais atenção e cuidar dos nossos recursos hídricos com um pouco mais de respeito, pois precisamos deles”, ressalta.
O manancial abrange os municípios de Araranguá, Balneário Arroio do Silva, Sombrio e Balneário Gaivota. Contudo, a redução da área antes ocupada pelo seu espelho d’água promoveu seu assoreamento, impedindo a navegação em diversos locais.
Lagoa do Sombrio
Localizada nos municípios de Balneário Gaivota, Sombrio, Santa Rosa do Sul, São João do Sul e Passo de Torres, a Lagoa do Sombrio é fundamental para a biodiversidade local. Além de ser importante para o ecossistema, também traz benefícios para a região, possibilitando a pesca e carcinicultura, que sustentam várias famílias. O local, por conta de suas características, tornou-se uma área de lazer e turismo, fator que favorece a economia local.
No entanto, o aumento das atividades no seu entorno intensificou a poluição e degradação ambiental, ameaçando diversas espécies nativas. Outro ponto que também se destaca é o assoreamento e a contaminação por efluentes sanitários, bem como a compactação e ocupação desordenada nas margens. Por isso, conforme frisa Eliandra, esta é uma questão que necessita de um olhar cuidadoso e responsável.
“Queremos dar encaminhamento às problemáticas sinalizadas para que possamos ter efeitos a curto prazo. Aguardamos as respostas, principalmente no que diz respeito a recursos financeiros, tanto a nível estadual quanto federal, para que seja realizado um diagnóstico. A partir deste documento, teremos uma noção de quais ações precisam ser feitas para mitigar este problema”, destaca a presidente do Comitê Araranguá e Afluentes do Mampituba.
A iniciativa contou com o apoio técnico do ProFor Águas Unesc (Programa de Fortalecimento dos Comitês de Bacia Hidrográfica do Sul Catarinense), por meio da técnica e engenheira Ambiental e Sanitarista Sabrina Baesso Cadorin, que presta assessoria ao comitê, e do seu coordenador técnico, José Carlos Virtuoso.

Geral
Samae de Balneário Rincão muda de endereço na próxima semana

A partir da próxima terça-feira (11), o Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) de Balneário Rincão atenderá em novo endereço: rua Paraná, nº 768, no centro da cidade. A mudança visa aprimorar o atendimento ao público, oferecendo um espaço mais acessível para os usuários. Na segunda-feira (10), não terá atendimento ao público para finalização das mudanças para a nova unidade.
O horário de atendimento vai permanecer de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h. Para dúvidas ou mais informações, os munícipes podem entrar em contato pelo telefone (48) 3468-7800 ou [email protected].
Com a mudança para o novo endereço, espera-se proporcionar maior comodidade e eficiência no atendimento aos cidadãos. O Samae reforça o compromisso com a qualidade dos serviços prestados e agradece a compreensão de todos durante este período de transição.

Geral
Governo do Balneário Rincão entrega 124 escrituras

A Prefeitura do Balneário Rincão, junto com o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), promoveu na noite desta quarta-feira (5), por meio do programa Lar Legal, a entrega de títulos de propriedade para moradores de duas comunidades do município. Neste ato, foram 124 escrituras que receberam o documento, dos bairros Centro e Lagoa dos Esteves. A iniciativa visa regularizar imóveis que, por muitos anos, foram ocupados de forma irregular, para garantir segurança e posse definitiva aos donos dos terrenos.
Com essas escrituras entregues, o município chega a 721 documentos entregues. “Este documento garante que as famílias são proprietárias dos seus imóveis, até então irregulares. A partir de agora, eles estão seguros em relação a questões juridicas”, garante o coordenador do Programa no município, Marcos Petry.
O prefeito do município, Luiz Laurindo, garante que o compromisso do governo é regularizar ainda mais as propriedades. “Para muitos, talvez, fosse algo que não iria acontecer. Mas nosso trabalho é garantir mais qualidade de vida para as pessoas e atender às demandas da comunidade. E ter uma escritura dá a tranquilidade do proprietário estar dentro de algo que realmente é seu”, pontua.
No ato, no Rincão, estiveram participando da cerimônia o representante do Poder Judiciário, Dr. Klauss Correa de Souza e representando o Cartório de Registro de Imóveis de Içara, Sérgio Caro.
Sobre o programa
Iniciativa do TJSC, o Lar Legal consiste em legalizar títulos de propriedade para famílias carentes residentes em loteamentos ou comunidades empobrecidas já consolidadas. Além de oficializar a propriedade às famílias, aos municípios a regularização possibilita implementar melhorias nos locais, como obras de saneamento básico e iluminação pública, e cobrar IPTU.

Geral
Estado trabalha para reverter medida que impõe novas restrições à pesca artesanal da tainha

A Secretaria de Aquicultura e Pesca de Santa Catarina está trabalhando para reverter proposta do Governo Federal que prevê a criação de cota de 800 toneladas para a captura de tainha por pescadores artesanais de praia no estado. A medida, prevista para entrar em vigor já na safra de 2025, além de trazer prejuízos aos pescadores, afetaria diretamente essa prática tradicional, reconhecida como patrimônio histórico e cultural de Santa Catarina. A proposta impacta também pescadores artesanais do Rio Grande do Sul, que recentemente foram atingidos por severas enchentes.
“Não vamos aceitar esse limite para a captura de tainha para a safra desse ano. Isso nunca existiu, é uma vergonha. Olha o tamanho do prejuízo financeiro para centenas de famílias que tiram seu sustento da venda das tainhas que são capturadas aqui no nosso litoral. Não vamos aceitar, querem acabar com essa nossa tradição. Por isso, já determinei que o secretário Frigo fique em cima, abrace essa missão de reverter essa medida absurda junto ao ministério em Brasília”, reforçou o governador.
Durante uma reunião realizada nesta terça-feira, 4, com representantes de entidades pesqueiras das regiões Sul e Sudeste, a proposta apresentada pelo Governo Federal, através do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) gerou forte reação contrária por parte dos pescadores e autoridades catarinenses. O secretário de Aquicultura e Pesca de Santa Catarina, Tiago Bolan Frigo, manifestou-se contra a imposição da cota de 800 toneladas para os pescadores artesanais de praia, destacando os impactos negativos sobre uma atividade essencial para a economia, cultura e identidade do estado.
Segundo Frigo, a pesca da tainha vai muito além do aspecto econômico, sendo um pilar da tradição catarinense e do sustento de centenas de famílias. “Não podemos aceitar uma restrição dessa magnitude, que ameaça um modo de vida centenário, gerando fome e miséria aos pescadores. O Governo Federal quer acabar com o pequeno pescador e com um dos pilares da cultura catarinense, o Ministério da Pesca (MPA) deveria existir para ajudar o pescador, e não para prejudicar o pescador”, afirmou o secretário.
Diante da forte mobilização dos participantes, o Governo Federal suspendeu a reunião que ocorreria nesta quarta-feira, 5, para reavaliar internamente a proposta, e retomar as tratativas com o setor. A expectativa agora é que o diálogo avance e que a portaria seja ajustada para garantir a continuidade sustentável da pesca artesanal da tainha, sem comprometer o meio de vida de milhares de pescadores no estado.
A Secretaria de Aquicultura e Pesca reafirma seu compromisso com a defesa dos interesses dos pescadores catarinenses, buscando uma solução que preserve a cultura local e concilie tradição com a sustentabilidade.

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